Operação Fake Work: investigados foram indiciados por corrupção ativa ou passiva, peculato, lavagem de dinheiro. Somadas, penas podem ultrapassar 30 anos de prisão (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 12h00.
Brasília - A Polícia Federal começou a desarticular, em Olinda (PE), uma organização acusada de desviar recursos federais destinados ao pagamento de seguro-desemprego e de benefícios do Bolsa Família.
A Operação Fake Work cumpre neste momento nove mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, seis de prisão temporária e dois de condução coercitiva, além de mandados de sequestro de bens.
Segundo a PF, já foram bloqueados e apreendidos R$ 4 milhões das contas de investigados.
Em nota, o órgão informou que as investigações foram iniciadas há dois meses, após o Ministério do Trabalho e Emprego ter notificado uma “falha no sistema informatizado”, o que acabou permitindo a liberação de benefícios fraudulentos “por meio de registros de números aleatórios de processos trabalhistas inexistentes, com a criação de falsos vínculos empregatícios”.
Os investigadores identificaram que a organização atuava desde janeiro de 2012 manipulando dados do Sistema Nacional de Empregos (Sine), em Olinda. Pelo menos 1.463 benefícios ilegais foram liberados. A fraude desviou aproximadamente R$ 8 milhões.
Ainda segundo a nota, o líder da organização criminosa se apresentava como policial federal, exibindo falsa carteira funcional.
Os investigados foram indiciados por corrupção ativa ou passiva, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.