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Petroleiros protestam por mais segurança nas refinarias

Trabalhadores realizaram protestos em diferentes cidades por mais segurança operacional e contra o programa de otimização de custos da Petrobrás

Danos casados pelo incêndio que atingiu a refinaria Getúlio Vargas, da Petrobras, em Araucária (Sindipetro-PR/SC/Divulgação via Reuters)

Danos casados pelo incêndio que atingiu a refinaria Getúlio Vargas, da Petrobras, em Araucária (Sindipetro-PR/SC/Divulgação via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de dezembro de 2013 às 17h29.

Rio - O Conselho de Administração da Petrobras se reuniu extraordinariamente nesta sexta-feira, 20. em São Paulo para discutir os seis acidentes ocorridos em cinco refinarias da empresa nas últimas três semanas. Também hoje, trabalhadores da petroleira e sindicalistas realizaram protestos em diferentes cidades do País por mais segurança operacional e contra o programa de otimização de custos (Procop) da Petrobras.

O líder sindicalista e representante dos trabalhadores no conselho de administração da Petrobras, José Maria Rangel, lamentou que não tenha sido concluído a tempo da reunião de desta sexta-feira o relatório com as causas dos acidentes. No entanto, Rangel disse que há comprometimento dos membros do conselho em resolver a questão.

Houve acidentes em refinarias em Manaus, Rio, Paraná, Minas Gerais e dois na Bahia nas últimas três semanas. Rangel disse que está acontecendo na área de refino o que ocorreu há alguns anos com plataformas de exploração, que sofreram atrasos em manutenções de forma a permitir aumento da produção de petróleo. "O resultado foram os acidentes e paradas para manutenção", disse.

Os trabalhadores também reclamam estar havendo corte de investimento em segurança por conta do Procop. A Petrobras diz se tratar de um programa de otimização de custos, sem corte de investimento em segurança. "Uma coisa é melhorar a eficiência operacional, outra é reduzir investimentos em segurança", criticou Rangel.

O trabalho sobre os acidentes tem prazo para ser concluído em 15 de janeiro, com apresentação dos resultados ao comitê de segurança da Petrobras, que o encaminhará ao conselho de administração, segundo Rangel.

No Rio, a manifestação ocorreu na Cinelândia, Centro da Cidade, com muitos cartazes, banda de sopro, e bonecos da presidente Dilma Rousseff, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente da Petrobras, Graça Foster. Às 10h, a mobilização contava com menos de 20 representantes de trabalhadores do sindicato dos petroleiros do Norte Fluminense e da Frente Internacionalista dos Sem-Teto (Fist).

Também havia mobilizações programadas em Duque de Caxias, São Paulo, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Sul, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).O mau tempo e chuvas fortes impediram manifestações no Rio Grande do Norte, Pernambuco, Espírito Santo e Paraná.

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