Pará registra mais uma morte por suspeita de raiva humana
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública, já são 12 casos notificados para a doença, com seis óbitos, sendo um deles já confirmado
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de maio de 2018 às 12h24.
São Paulo - A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirma que uma criança internada com suspeita de raiva humana morreu na terça-feira, 15, no Hospital Regional de Breves, na região do Marajó. De acordo com a pasta, já são 12 casos notificados para a doença, com seis óbitos, sendo um deles já confirmado.
Outra criança morreu na sexta-feira, 11, após ser mordida por um morcego e contaminada por raiva, em uma comunidade em Melgaço, também no Marajó, segundo informações da Sespa, divulgadas na segunda-feira, 14. Este foi o primeiro caso confirmado desde 2005.
Até o momento, quatro crianças seguem internadas na Santa Casa de Misericórdia em Belém e mais duas vítimas estão no Hospital Regional de Breves, sendo um adulto. A maioria permanece em estado grave. Coletas sorológicas foram realizadas em todos os pacientes que foram internados, inclusive os que morreram, as quais a Sespa já encaminhou para o Instituto Pasteur, em São Paulo, referência no diagnóstico de raiva.
A secretaria paraense reforça que continua o trabalho de investigação e prevenção da raiva humana no município de Melgaço. Para intensificar as ações, a Sespa enviou na segunda-feira mil doses de vacinas antirrábicas e 300 frascos de soro antirrábico.
As ações se concentram na localidade de Rio Laguna, que fica a cerca de 70 km de Melgaço, onde residem aproximadamente mil pessoas. Até a publicação desta matéria, 500 pessoas já tinha sido vacinadas.
Desde o dia 4 de maio, equipes da Vigilância Epidemiológica e Vigilância em Saúde estão no local para investigar as suspeitas, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e o Ministério da Saúde.
Todas as pessoas com suspeita da doença apresentam quadro semelhante, com sinais e sintomas como febre, dispneia, cefaleia, dor abdominal e sinais neurológicos - paralisia flácida ascendente, convulsão, disfagia (dificuldade de deglutir), desorientação, hidrofobia e hiperacusia (sensibilidade a sons, principalmente agudos).