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Para Eduardo Cunha, Lava Jato não vai afetar ano legislativo

"O regimento Câmara dos Deputados é muito claro com relação a possíveis denúncias. A Casa funcionará do jeito que tem que funcionar", afirmou Cunha


	Cunha: ele não quis comentar falas da contadora do doleiro Alberto Youssef que envolveram seu nome
 (J.Batista / Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

Cunha: ele não quis comentar falas da contadora do doleiro Alberto Youssef que envolveram seu nome (J.Batista / Câmara dos Deputados/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 18h16.

São Paulo - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse que os desdobramentos da Operação Lava Jato, que investiga desvios bilionários da Petrobras, não vão ter impacto sobre a atividade do Legislativo e, em especial, sobre a Casa que preside.

Ele avaliou que mesmo quando houver divulgação de nomes de parlamentares citados nas denúncias, quando os processos estiverem no Supremo Tribunal Federal (STF), os ritos internos permitirão o andamento dos trabalhos do Legislativo.

"O regimento Câmara dos Deputados é muito claro com relação a possíveis denúncias. A Casa funcionará do jeito que tem que funcionar", afirmou ao citar mecanismos internos de apuração em órgãos como o conselho de ética.

Questionado se uma eventual CPI da Petrobras a ser instalada nesta nova legislatura poderia investigar ilícitos antes de 2003, na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Cunha disse não ver razão para tal período não ser analisado.

"Nenhuma CPI pode deixar de abranger quem quer que seja. Tudo é passível de investigação."

Cunha não quis comentar as falas da contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, que envolveram seu nome.

"Não vou perder tempo com uma pessoa desqualificada à qual eu já contestei", afirmou.

Ele disse não ter visto a entrevista dada ontem por Meire à Rede TV e afirmou que pretende tomar conhecimento do conteúdo para "entrar com meus advogados".

Em entrevista veiculada ontem pela emissora, Meire afirmou que Ari Ariza, agente autônomo de investimento que trabalhava com Youssef, dizia sempre que ele e Cunha eram "bons amigos".

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