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Padilha condena médicos que atacam cubanos em Fortaleza

Ministro lamentou a postura de cerca de 50 médicos que fizeram um corredor para xingar e vaiar 79 médicos cubanos do programa Mais Médicos


	O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebe os profissionais estrangeiros do Mais Médicos que participam do curso de preparação
 (Elza Fiúza/ABr)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebe os profissionais estrangeiros do Mais Médicos que participam do curso de preparação (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 18h57.

Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lamentou a postura de cerca de 50 médicos de Fortaleza que, na noite de segunda-feira, 27, fizeram um corredor polonês para xingar e vaiar 79 médicos cubanos do programa Mais Médicos, do governo federal, que saíam de um curso na Escola de Saúde Pública do Ceará. "Foram atitudes truculentas, incitaram o preconceito e a xenofobia", disse Padilha, que hoje visitou o líder do PR no Senado, Antonio Carlos Rodrigues (SP), para pedir apoio à medida provisória do Mais Médicos.

"Eles (os médicos de Fortaleza) participaram de um verdadeiro corredor polonês da xenofobia, atacando médicos que vieram de outros países para atender a população apenas naqueles municípios onde nenhum profissional quis fazer atendimento", disse Padilha.

Ele afirmou que o governo vai insistir no programa, tirando dele qualquer conotação ideológica e partidária. "Até porque o primeiro governo a buscar médicos em Cuba para atender no Brasil foi o governo do PSDB. Fernando Henrique era o presidente da República e o governador de Tocantins (Siqueira Campos, hoje no PSDB, que trouxe os médicos) era do PFL." Segundo Padilha, o governo recebeu apelos de todos os prefeitos, de partidos do País todo por médicos que possam trabalhar em seus municípios.

Na manifestação em Fortaleza, os médicos locais gritaram: "Escravos". A manifestação foi liderada pelo presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, José Maria Pontes. O governo teve que pedir reforço policial quando os médicos brasileiros tentaram invadir o prédio, depois de cercar todas as saídas, obrigando os cubanos a permanecer por mais 40 minutos no saguão da escola, enquanto autoridades tomavam providências para evitar um conflito maior. A polícia acompanhou o protesto de perto, mas não interveio.

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