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Ou eu estou louco ou quem me condenou está louco, diz Lula

Com a condenação em segunda instância, uma candidatura do ex-presidente pode ser impugnada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa

Lula: "A minha inocência eu já provei, eu quero que eles provem a minha culpa" (Paulo Whitaker/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2018 às 17h28.

São Paulo - Durante passagem por Quedas do Iguaçu (PR), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , que teve seu último recurso na segunda instância negado ontem, alegou mais uma vez sua inocência no processo da Lava Jato . "Ou eu estou louco ou quem me condenou está louco", disse Lula, ao falar sobre sua condenação, conforme vídeo transmitido pelo PT nas redes sociais.

Ele afirmou que está "indignado" com o processo e voltou a apelar para instâncias superiores. "A minha inocência eu já provei, eu quero que eles provem a minha culpa e a única coisa que eu peço é que numa instância superior eles julguem o mérito do processo", disse.

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O pedido de habeas corpus preventivo do petista será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no próximo dia 4. Até lá, Lula não poderá ser preso, conforme liminar concedida pela corte na semana passada. O petista repetiu que quem o condena está com medo de ele ser eleito no primeiro turno das eleições deste ano.

Com a condenação em segunda instância, uma candidatura do ex-presidente pode ser impugnada pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa. O PT pretende registrá-lo como candidato no dia 15 de agosto. "Podem estar certos de uma coisa: eu vou voltar a presidir este País", declarou Lula.

O petista classificou como "barbárie" e "selvageria" os protestos que enfrenta durante sua caravana pelo Sul do País. Ele não fez nenhuma menção à agressão sofrida por um repórter do jornal O Globo na segunda-feira, 26. O jornalista foi atingido com um soco por parte de um segurança da caravana em Francisco Beltrão (PR).

No discurso, Lula citou casos de agressão que teriam ocorrido contra militantes favoráveis ao petista. "Todo e qualquer protesto se aceita, o que não se aceita é a violência, é as pessoas serem bárbaras no trato de uma questão política", afirmou.

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