Exame Logo

Os próximos passos do processo de impeachment

Processo de afastamento da presidente pode terminar em outubro deste ano; outras três votações devem ser realizadas no Senado

Manifestantes em Brasília: processo de impeachment deve terminar em outubro deste ano (Adriano Machado/Reuters)

Rita Azevedo

Publicado em 18 de abril de 2016 às 06h08.

São Paulo — Às 23h07 deste domingo, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi aprovado na Câmara dos Deputados . Agora, ele segue ao Senado, responsável por julgar se Dilma cometeu ou não crimes de responsabilidade.

Entenda o que acontece daqui pra frente.

Criação da Comissão

A decisão dos deputados será lida no Senado em sessão marcada para a próxima terça-feira (19). Depois da leitura, cada partido deve indicar os membros de uma nova Comissão Especial. O número de indicados varia conforme o tamanho do partido ou do bloco partidário.

O trabalho é parecido com o que já foi feito na Câmara. Os membros da Comissão devem se reunir entre os dias 21 de abril e 02 de maio.

Um relator será escolhido e irá elaborar novo parecer, votado posteriormente pela Comissão e apresentado no plenário do Senado.

Primeira votação

Depois da leitura do parecer da Comissão, os senadores se reunirão para decidir se o processo será aberto ou não.

Se 41 dos 81 senadores votarem "sim", a presidente Dilma Rousseff é afastada do cargo. Se votarem pelo "não", o caso é arquivado. A Câmara não pode entrar com recurso.

Afastamento de Dilma

Caso o Senado aceite o processo, a presidente é afastada por um período de 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume interinamente o cargo.

Durante esse período, Dilma não é obrigada a deixar o Palácio da Alvorada (residência oficial), mas recebe apenas metade de seu salário (que atualmente é de R$ 30.934,00).

Segunda votação

Se o processo for aceito, Dilma irá receber um prazo de 20 dias para apresentar sua defesa.

A Comissão Especial volta a trabalhar, só que dessa vez para a produção de provas. Nessa fase, os senadores podem, inclusive, convocar o depoimento da presidente e dos autores do pedido de impeachment.

Um novo parecer será criado e votado pelos membros da Comissão, que avaliam se a acusação é procedente ou não. O resultado será publicado no Diário Oficial do Senado e depois encaminhado ao plenário.

Em uma sessão presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, os senadores decidem sobre a procedência da denúncia. Nessa etapa, é necessário o voto da maioria simples dos senadores para que o processo continue.

Votação final

Na terceira e última votação, os senadores deliberam sobre a culpa de Dilma Rousseff. Caso dois terços da Casa decidam que a presidente é culpada pelos crimes de responsabilidade fiscal, ela é condenada e se torna inelegível por oito anos.

Caso seja absolvida, Dilma volta automaticamente ao cargo e recebe o valor que deixou de receber enquanto estava afastada.

Veja também

São Paulo — Às 23h07 deste domingo, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi aprovado na Câmara dos Deputados . Agora, ele segue ao Senado, responsável por julgar se Dilma cometeu ou não crimes de responsabilidade.

Entenda o que acontece daqui pra frente.

Criação da Comissão

A decisão dos deputados será lida no Senado em sessão marcada para a próxima terça-feira (19). Depois da leitura, cada partido deve indicar os membros de uma nova Comissão Especial. O número de indicados varia conforme o tamanho do partido ou do bloco partidário.

O trabalho é parecido com o que já foi feito na Câmara. Os membros da Comissão devem se reunir entre os dias 21 de abril e 02 de maio.

Um relator será escolhido e irá elaborar novo parecer, votado posteriormente pela Comissão e apresentado no plenário do Senado.

Primeira votação

Depois da leitura do parecer da Comissão, os senadores se reunirão para decidir se o processo será aberto ou não.

Se 41 dos 81 senadores votarem "sim", a presidente Dilma Rousseff é afastada do cargo. Se votarem pelo "não", o caso é arquivado. A Câmara não pode entrar com recurso.

Afastamento de Dilma

Caso o Senado aceite o processo, a presidente é afastada por um período de 180 dias e o vice-presidente Michel Temer assume interinamente o cargo.

Durante esse período, Dilma não é obrigada a deixar o Palácio da Alvorada (residência oficial), mas recebe apenas metade de seu salário (que atualmente é de R$ 30.934,00).

Segunda votação

Se o processo for aceito, Dilma irá receber um prazo de 20 dias para apresentar sua defesa.

A Comissão Especial volta a trabalhar, só que dessa vez para a produção de provas. Nessa fase, os senadores podem, inclusive, convocar o depoimento da presidente e dos autores do pedido de impeachment.

Um novo parecer será criado e votado pelos membros da Comissão, que avaliam se a acusação é procedente ou não. O resultado será publicado no Diário Oficial do Senado e depois encaminhado ao plenário.

Em uma sessão presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, os senadores decidem sobre a procedência da denúncia. Nessa etapa, é necessário o voto da maioria simples dos senadores para que o processo continue.

Votação final

Na terceira e última votação, os senadores deliberam sobre a culpa de Dilma Rousseff. Caso dois terços da Casa decidam que a presidente é culpada pelos crimes de responsabilidade fiscal, ela é condenada e se torna inelegível por oito anos.

Caso seja absolvida, Dilma volta automaticamente ao cargo e recebe o valor que deixou de receber enquanto estava afastada.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosDilma RousseffImpeachmentPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresSenado

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame