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Onda de calor vai se intensificar nessa semana e temperaturas podem superar os 40ºC

Alerta do Inmet aponta que onda de Rondônia a Rio Grande do Sul fará a temperatura aumentar em até 5ºC acima da média pelos próximos dias

Agência o Globo
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Publicado em 9 de setembro de 2024 às 06h54.

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O calor que vem atingindo grande parte do país deve se intensificar nessa semana. Um alerta meteorológico do Inmet aponta uma nova onda de calor que vai de Rondônia ao Rio Grande do Sul e que fará a temperatura aumentar em até 5ºC acima da média histórica pelos próximos dias. Além disso, a umidade está baixa em muitos lugares, e as temperaturas podem superar os 40ºC em algumas cidades.

O alerta de onda de calor do Inmet atinge os estados de Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, além do sul de Minas e do Norte do Rio Grande do Sul. Com isso, a previsão é que a temperatura fique 5ºC acima da média por um período de dois três dias a partir dessa segunda, 9.

A MetSul meteorologia explica que o Brasil está sob a influência de uma massa de ar extremamente seco e quente, o que também resulta em umidade muito baixa. Valores de umidade relativa do ar entre 10% e 20% têm sido comuns nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste. Durante a tarde, o nível ficou até abaixo de 10% em alguns locais, em padrão que se assemelha ao de um deserto. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), níveis de umidade relativa do ar abaixo de 20% são considerados uma situação de emergência.

O final de semana já foi de muito calor em boa parte do país, com marcas acima de 40ºC em alguns lugares, como Cuiabá (42,6ºC), Aquidauana (MS), onde fez 41ºC, e São Miguel do Araguaia (GO), que marcou 40,3ºC. Mas, segundo a MetSul, a onda de calor no Brasil vai ganhar força e atingir o seu máximo de intensidade nesta semana.

A estiagem prolongada e o solo a cada dia mais seco criam um ciclo que se retroalimenta, afirma a MetSul. Nos próximos dias, a massa de ar seco e quente sobre o Brasil vai se intensificar ainda mais e se expandir.

Alta de queimadas

A partir da seca, o Brasil vem sofrendo com a alta de queimadas, que leva consequências às cidades do Norte e do Sul. Isso também contribui para o aumento das temperaturas. Além dos municípios do Norte estarem sofrendo com as queimadas da própria Amazônia, os estados do Sul e do Sudeste recebem a fumaça, já que um corredor de vento se desloca do Norte ao Sul do país, no momento.

No final de semana, foram registrados registrados 7028 focos de calor no país, de acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Em julho e agosto, o número bateu recorde em diversos locais, inclusive na Amazônia, onde o nível de chuva está abaixo do normal, afetando as bacias hidrográficas e tornando a vegetação mais suscetível ao fogo.

De acordo com os dados da IQAir, Porto Velho (Ro), Rio Branco (AC) e São Paulo (SP) tiveram as piores qualidades de ar do mundo, no domingo (8).

Coordenadora do Laboratório de Química Atmosférica (LQA) da PUC-Rio, Adriana Gioda explica que os valores estavam mais de 10 vezes acima do limite seguro recomendado pela OMS.

— Ou seja, toda a população (dessas cidades) pode apresentar riscos de manifestação de doenças respiratórias e cardiovasculares. Além de aumentar a possibilidade de mortes prematuras em grupos de risco — afirma a especialista.

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