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Ocupação de Belo Monte é prejuízo para país, diz Carvalho

O ministro afirmou esperar que não seja preciso fazer uso da força para a desocupação do canteiro principal das obras da usina hidrelétrica

Índios ocupam obra principal da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (REUTERS/Lunae Parracho)

Índios ocupam obra principal da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (REUTERS/Lunae Parracho)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2013 às 14h20.

Brasília - Um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse na manhã desta quarta-feira que a ocupação do canteiro principal das obras da usina hidrelétrica de Belo Monte por indígenas da região de Volta Grande do Xingu é um "prejuízo para o País e todos o contribuintes".

"A questão de Belo Monte é uma das preocupações maiores nossas nesse momento, porque a gente tem muito respeito pelo povo indígena e seus direitos. Eles sobem lá para Belo Monte e fazem essa ocupação da obra. Nós não podemos permitir que a obra pare, esperamos superar esse obstáculo pelo diálogo", afirmou o ministro a jornalistas, após participar de evento no Palácio do Buriti, em Brasília.

A coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, Antonia Melo, disse que a pauta de reivindicações continua a mesma. Os indígenas querem a presença do ministro Gilberto Carvalho, além de consulta prévia, prevista na Constituição e na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para a construção da hidrelétrica.

"Acabei de assinar outra carta, para ter conversa e fazer diálogo que é necessário, democrático, eles têm direito a esse diálogo, agora o que não pode é interceptar, impedir o trabalho, é prejuízo para o País e todos os contribuintes. É um prejuízo para a nossa infraestrutura hidrelétrica", comentou Carvalho.

"Dentro do diálogo da democracia, aceitamos manifestações, mas não podemos permitir que o uso da força impeça a continuidade de uma obra. Espero que ao longo do dia de hoje prevaleça o bom senso."

O ministro afirmou esperar que não seja preciso fazer uso da força para a desocupação do canteiro. "Agora chega um momento em que a lei tem de prevalecer. Os índios são cidadãos, e eles como nós precisam cumprir a lei", afirmou.

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