Brasil

OAB vai pedir explicações sobre fichamento de moradores no RJ

Segundo o professor de Direito Constitucional da UERJ, algumas ações de identificação executadas em três comunidades são inconstitucionais

Intervenção no RJ: OAB vai pedir explicações ao interventor federal no Estado, general Walter Braga Netto, sobre os critérios utilizados para o fichamento de moradores de comunidades durante as operações militares (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Intervenção no RJ: OAB vai pedir explicações ao interventor federal no Estado, general Walter Braga Netto, sobre os critérios utilizados para o fichamento de moradores de comunidades durante as operações militares (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2018 às 13h57.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2018 às 13h57.

Rio - O Observatório Jurídico da Ordem dos advogados do Brasil - Seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ) vai pedir explicações ao interventor federal no Estado, general Walter Braga Netto, sobre os critérios utilizados para o fichamento de moradores de comunidades durante as operações militares de segurança ocorridas na sexta-feira, 23.

Segundo o professor de Direito Constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rodrigo Brandão, que integra o observatório, algumas ações de identificação executadas em três comunidades são inconstitucionais. Um ofício da OAB será expedido ainda nesta segunda-feira, 26, para Braga Netto.

"O fichamento foi objeto de discussão na nossa reunião de hoje (segunda)", afirmou Brandão, referindo-se ao primeiro encontro de trabalho do observatório, criado na quinta-feira, 22, para acompanhar a intervenção federal no Rio. "A prática do fichamento sem uma regulamentação pública e objetiva nos pareceu inconstitucional. Determinamos a necessidade de se oficiar o interventor para que ele forneça os critérios do fichamento aplicado nas comunidades."

Brandão reconhece que a identificação precisa ser feita de alguma forma, uma vez que há diversos mandados de prisão pendentes que precisam ser cumpridos mas, segundo ele, esta não pode ocorrer de forma inconstitucional.

Acompanhe tudo sobre:ExércitoGoverno TemerOABRio de Janeiro

Mais de Brasil

Natal tem previsão de chuvas fortes em quase todo o país, alerta Inmet

Governo publica decreto com regras sobre uso da força por policiais; veja pontos

Queda de ponte: caminhões despejaram 76 toneladas de ácido sulfúrico no Rio Tocantins, diz ANA

Daniel Silveira vai passar por audiência de custódia ainda nesta terça-feira, véspera de Natal