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Novo metrô na Faria Lima: concessão da Linha 1-Azul poderá ajudar a pagar obra

Linha 20-Rosa conectará a Lapa a Santo André, passando pelas zonas oeste e sul de São Paulo, segundo o projeto

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 11 de abril de 2024 às 16h29.

Última atualização em 11 de abril de 2024 às 16h43.

O governo de São Paulo planeja conceder a Linha 1-Azul do metrô para a iniciativa privada, em um formato que o negócio possa ajudar a custear a construção da Linha 20-Rosa, que ligará o ABC à Lapa, passando pela região da Faria Lima e bairros como Moema e Vila Madalena.

"Nossa ideia é que ano que vem levaremos a leilão a Linha 1 junto com a linha 20, que é um sonho antigo da região do ABC que é ter o metrô chegando aqui. Vamos analisar todas as estações para ver o que precisa ser 'repotencializado' e também a reforma das linhas da CPTM que estão operando hoje", disse o governador Tarcísio de Freitas na segunda-feira, 8, durante anúncio de uma nova estação na Linha 10-Turquesa da CPTM.

Atualmente, o Metrô de São Paulo, uma empresa estatal, administra as linhas 1, 2, 3 e 15. Tarcísio já disse que pretende conceder todas elas. Os planos do governo são de negociar essas linhas em um pacote que inclua a construção de um novo ramal, para que a empresa privada obtenha recursos com a operação de uma linha já pronta enquanto constrói outra.

Esse modelo foi adotado na concessão do trem Intercidades de São Paulo a Campinas: o grupo Comporte e a CRRC levaram a Linha 7-Rubi, já existente, e terão de construir um serviço de trem expresso até Campinas, com parada em Jundiaí.

Depois da Linha 1, que liga Tucuruvi ao Jabaquara, o governo pretende conceder a 3-Vermelha, que transporta a maior quantidade de passageiros na cidade, com a Linha 16-Violeta, que pretende ligar a rua Oscar Freire, na zona oeste, à Cidade Tiradentes, no extremo leste de São Paulo. Outro plano de concessão é o da Linha 2-Verde junto à 19-Celeste, que ligará o Centro da capital a Guarulhos.

Traçado da Linha 20-Rosa

A Linha 20 ainda está em fase de elaboração de projetos. Em janeiro e fevereiro deste ano, foram realizadas audiências públicas para debater a versão inicial do traçado com os moradores dos bairros que serão atendidos.

Mapa da linha 20-rosa, em projeto (Reprodução)

Pelo projeto atual, o novo ramal terá 30,9 km de extensão e 24 paradas. Seu traçado parte de Santa Marina, onde haverá conexão com a Linha 6-Laranja, em construção. Em seguida, passará pela Lapa (acesso às linhas 7-Rubi e 8-Esmeralda), Vila Romana e sobe até a Rua Cerro Corá. O projeto prevê estender a Linha 2-Verde da Vila Madalena até este novo ponto.

Depois, o traçado desce pela Vila Madalena, com uma parada na rua Girassol e segue até a rua Teodoro Sampaio, rumo à avenida Brigadeiro Faria Lima, principal área de escritórios e de empresas do mercado financeiro da cidade.

O projeto da Linha 20-Rosa prevê duas novas estações perto da avenida, nas esquinas com as ruas Tabapuã e Jesuíno Cardoso. A conexão com a Linha 4-Amarela será feita na estação Fradique Coutinho.

Depois disso, o trajeto passa por Moema (conexão com a Linha 5-Lilás), Indianápolis, Saúde (Linha 1-Azul) e seguiria até o ABC, com estações em São Bernardo do Campo e Santo André. A última parada terá conexão com a Linha 10-Turquesa da CPTM.

Mapa da Linha 20-Rosa, que ligará a região da Lapa até o centro de Santo André

A expectativa é que a Linha 20 poderá atender 1,29 milhão de pessoas por dia. Se o cronograma atual se cumprir, o ramal ficaria pronto em 2035, a um custo estimado em R$ 33 bilhões.

Com Agência O Globo.

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