Não há prazo para conclusão de obras em viaduto, diz prefeito de SP
Nesta quarta-feira há ao menos três reuniões previstas para discutir a crise na região da Marginal do Pinheiros
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de novembro de 2018 às 10h41.
Última atualização em 21 de novembro de 2018 às 11h02.
São Paulo - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou que a Prefeitura de São Paulo ainda não sabe quando serão concluídas as obras no viaduto que cedeu na Marginal do Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, levando à interdição da pista expressa desde quinta-feira passada, dia 15.
"Ainda não temos nenhuma novidade em relação a prazos ou qual vai ser a remediação feita para devolver o viaduto à população", afirmou o prefeito na manhã desta quarta-feira, 21. Este foi o primeiro dia útil após o feriado prolongado da Proclamação da República e da Consciência Negra.
A cidade registrou lentidão acima da média para o horário ao longo da manhã, mas abaixo da expectativa da gestão municipal. A Prefeitura esperava lentidão 30% acima da média histórica, mas, segundo Covas, o trânsito está 20% superior ao normal. Até 500 mil pessoas podem ser afetadas pela interdição na Marginal.
A Prefeitura também desconhece o motivo pelo qual o viaduto cedeu. "Nós encontramos ontem (terça) o engenheiro que executou a obra em uma cidade do litoral e ele já está colaborando com a Prefeitura", disse Covas.
As obras no viaduto que cedeu na transcorrem normalmente na manhã desta quarta. Segundo um funcionário da obra, a chuva não atrapalhou o andamento do cronograma.
O secretário municipal de Infraestrutura e Obras, Vitor Aly, também disse que não há prazo determinado para o viaduto ser liberado para o trânsito.
Para Eduardo Barros Millen, diretor da regional São Paulo da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), o reparo da estrutura que cedeu é viável e a obra deve ser finalizada em até três meses.
Reuniões
Nesta quarta-feira há ao menos três reuniões previstas para discutir a crise na região da Marginal do Pinheiros. Em uma delas, Covas deve se reunir com integrantes de empresas de aplicativos de transporte para discutir tarifas especiais no período em que houver interdição.
A Prefeitura também vai conversar com o Tribunal de Contas do Município (TCM). O órgão se reúne nesta quarta para analisar detalhes das ações de emergência adotadas pela Prefeitura após a ruptura do viaduto, para verificar de forma emergencial a contratação e empresa para fazer laudo estruturante de todos os viadutos e pontes da cidade.
Segundo o secretário de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, também haverá encontro com representantes do Ceagesp, que fica próximo ao viaduto. "Vamos ver se a gente consegue concentrar 100% do abastecimento do Ceagesp pela Gastão Vidigal para evitar veículos de abastecimento na pista local da marginal", disse o titular da pasta.