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MP pode oferecer delação premiada no caso Riocentro

Procuradores estão em busca da identidade de três militares envolvidos na explosão da bomba do Riocentro, em 1981

Puma usado no atentado terrorista no estacionamento do Riocentro, ocorrido em 1981 no Rio de Janeiro (Ricardo Chaves/Veja/VEJA)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2014 às 18h23.

Rio - Depois de denunciarem à Justiça, na semana passada, seis envolvidos na explosão da bomba do Riocentro, em 1981, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro disseram nesta segunda-feira, 17, que as investigações continuam e que poderão oferecer o benefício da delação premiada (chamada por eles de contribuição premiada) para pessoas que ofereçam novas informações sobre o caso.

Os procuradores estão em busca da identidade de três militares: dois deles tinham planos de continuar a praticar atentados semelhantes ao do Riocentro, com o objetivo de deter processo de abertura, e o terceiro, de codinome Dr. Luiz, teria ameaçado a família do sargento Guilherme do Rosário, que carregava a bomba e morreu no atentado.

Os procuradores sustentam que não houve prescrição dos crimes, por se tratarem de "ações de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático" e que outros crimes, como fraude processual e favorecimento pessoal, também são imprescritíveis.

No caso dos denunciados idosos, como o general reformado Newton Cruz, chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI), de 89 anos, o procurador Antonio Cabral disse que foi pedido que o processo seja agilizado, inclusive para que o depoimento à Justiça seja prestado o mais rápido possível.

Além de Newton Cruz, foram denunciados pelos crimes de homicídio doloso duplamente qualificado o general reformado Nilton Cerqueira, na época comandante da Polícia Militar do Rio, o ex-delegado Claudio Guerra e o capitão Wilson Machado, que estava com o sargento Rosário no Puma onde a bomba explodiu, no estacionamento do Riocentro. O MPF pediu penas de 36 anos para Guerra, Cerqueira e Machado e de 36 anos e seis meses para Cruz.

general reformado Edson Sá Rocha foi denunciado por associação criminosa armada, com pedido de pena de 2 anos e seis meses. O major reformado Divany Carvalho Barros é acusado de fraude processual, com pena de um ano. Divany confessou aos procuradores ter ido ao local do acidente, depois da explosão, para recolher provas. Sá Rocha recusou-se a falar, mas é acusado de ter tramado um atentado no Riocentro um ano antes, em ação que acabou abortada por ordens superiores.

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Rio - Depois de denunciarem à Justiça, na semana passada, seis envolvidos na explosão da bomba do Riocentro, em 1981, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro disseram nesta segunda-feira, 17, que as investigações continuam e que poderão oferecer o benefício da delação premiada (chamada por eles de contribuição premiada) para pessoas que ofereçam novas informações sobre o caso.

Os procuradores estão em busca da identidade de três militares: dois deles tinham planos de continuar a praticar atentados semelhantes ao do Riocentro, com o objetivo de deter processo de abertura, e o terceiro, de codinome Dr. Luiz, teria ameaçado a família do sargento Guilherme do Rosário, que carregava a bomba e morreu no atentado.

Os procuradores sustentam que não houve prescrição dos crimes, por se tratarem de "ações de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático" e que outros crimes, como fraude processual e favorecimento pessoal, também são imprescritíveis.

No caso dos denunciados idosos, como o general reformado Newton Cruz, chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informações (SNI), de 89 anos, o procurador Antonio Cabral disse que foi pedido que o processo seja agilizado, inclusive para que o depoimento à Justiça seja prestado o mais rápido possível.

Além de Newton Cruz, foram denunciados pelos crimes de homicídio doloso duplamente qualificado o general reformado Nilton Cerqueira, na época comandante da Polícia Militar do Rio, o ex-delegado Claudio Guerra e o capitão Wilson Machado, que estava com o sargento Rosário no Puma onde a bomba explodiu, no estacionamento do Riocentro. O MPF pediu penas de 36 anos para Guerra, Cerqueira e Machado e de 36 anos e seis meses para Cruz.

general reformado Edson Sá Rocha foi denunciado por associação criminosa armada, com pedido de pena de 2 anos e seis meses. O major reformado Divany Carvalho Barros é acusado de fraude processual, com pena de um ano. Divany confessou aos procuradores ter ido ao local do acidente, depois da explosão, para recolher provas. Sá Rocha recusou-se a falar, mas é acusado de ter tramado um atentado no Riocentro um ano antes, em ação que acabou abortada por ordens superiores.

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