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MP: mulher de Queiroz recebeu R$174 mil em espécie antes de pagar hospital

Informação consta no despacho do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, que decretou a prisão do casal

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Fabrício Queiroz: ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi preso nesta quinta-feira (WILTON JUNIOR/Estadão Conteúdo)

Fabrício Queiroz: ex-assessor de Flávio Bolsonaro foi preso nesta quinta-feira (WILTON JUNIOR/Estadão Conteúdo)

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Agência O Globo

Publicado em 18 de junho de 2020 às, 18h56.

Última atualização em 18 de junho de 2020 às, 19h31.

Um dos argumentos apresentados pelo Ministério Público (MP) ao juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal do Rio, para pedir a prisão de Márcia Oliveira de Aguiar, mulher de Fabrício Queiroz, foi a constatação de que ela recebeu, de origem desconhecida, pelo menos 174.000 reais em espécie antes de pagar, também com dinheiro vivo, as despesas do marido no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. As informações constam do despacho do juiz Flávio Itabaiana ao qual O Globo teve acesso.

"Documentos apreendidos na residência de Márcia Oliveira Aguiar demonstram que ela recebeu pelo menos R$ 174.000 (cento e setenta e quatro mil reais), em espécie, de origem desconhecida, e pagou as despesas do Hospital Israelita Albert Einstein também com dinheiro em espécie", diz trecho do documento.

Em maio do ano passado, O Globo revelou que Queiroz pagou em espécie 64.580 reais por uma cirurgia no Einstein e desembolsou, também em dinheiro vivo, outros 60.000 reais para pagar a equipe médica e 9.000 reais para quitar um débito com um médico oncologista. Queiroz foi internado na unidade em janeiro do ano passado, quando retirou um câncer no cólon.

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Queiroz foi detido nesta quinta-feira em Atibaia, São Paulo, e transferido para o Rio, após Itabaiana decretar sua prisão. Márcia, que também tem mandado de prisão em seu nome, segue foragida. O casal trabalhou no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), onde o MP investiga a prática de "rachadinha."

Procurado, na época, o então advogado de Queiroz, Paulo Klein, disse que cliente teria arcado com 133.580 reais em dinheiro pelo procedimento médico e que poderia comprovar a origem dos rendimentos.

"A defesa vê com naturalidade o fato de o Ministério Público investigar a origem dos recursos utilizados para pagamento das despesas médicas de Fabrício Queiroz, de outro lado, a comprovação dos pagamentos com recursos próprios e dentro de sua capacidade econômica só reforçam que ele jamais cometeu qualquer crime", disse Klein, que deixou a defesa em dezembro passado e foi substituído por Paulo Emílio Catta Preta.

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