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Movimento Mães de Maio defende desmilitarização da polícia

Para a representante do movimento, uma democracia com uma polícia militarizada é uma "falsa democracia"

Polícia Militar: de acordo com o movimento, na capital paulista e na Baixada Santista, as ações de retaliação tiveram a participação de agentes do Estado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 16h38.

Brasília – Na entrega da 19ª Edição do Prêmio dos Direitos Humanos, a representante do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, defendeu a desmilitarização da Polícia Militar.

Segundo ela, não foi coincidência receber das mãos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a estatueta do prêmio.

"Essa justiça não aparece para nós", disse.

Débora recebeu o prêmio na categoria Enfrentamento à Violência, e discursou em nome dos 23 agraciados e dos dois premiados com menção honrosa.

"Quando a gente sente na pele o que é perder um filho, a gente também se põe no lugar das vítimas do passado, da ditadura militar, para a gente comemorar o fim dessa ditadura, a gente tem que desmilitarizar a polícia", disse, sendo aplaudida pelo público, estimado em 3 mil pessoas, presente ao evento.

Para a representante do movimento, uma democracia com uma polícia militarizada é uma "falsa democracia". Débora pediu a presidente Dilma Rousseff, que participa da premiação, reparação pelos crimes cometidos durante maio de 2006.

O Movimento Mães de Maio é formado por mães que tiveram os filhos assassinados em ações de retaliação aos ataques da organização criminosa Primeiro Comando da Capital contra policiais militares e civis no estado de São Paulo, em maio de 2006.

De acordo com o movimento, na capital paulista e na Baixada Santista, cerca de 500 jovens foram mortos e as ações de retaliação tiveram a participação de agentes do Estado.

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Brasília – Na entrega da 19ª Edição do Prêmio dos Direitos Humanos, a representante do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, defendeu a desmilitarização da Polícia Militar.

Segundo ela, não foi coincidência receber das mãos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a estatueta do prêmio.

"Essa justiça não aparece para nós", disse.

Débora recebeu o prêmio na categoria Enfrentamento à Violência, e discursou em nome dos 23 agraciados e dos dois premiados com menção honrosa.

"Quando a gente sente na pele o que é perder um filho, a gente também se põe no lugar das vítimas do passado, da ditadura militar, para a gente comemorar o fim dessa ditadura, a gente tem que desmilitarizar a polícia", disse, sendo aplaudida pelo público, estimado em 3 mil pessoas, presente ao evento.

Para a representante do movimento, uma democracia com uma polícia militarizada é uma "falsa democracia". Débora pediu a presidente Dilma Rousseff, que participa da premiação, reparação pelos crimes cometidos durante maio de 2006.

O Movimento Mães de Maio é formado por mães que tiveram os filhos assassinados em ações de retaliação aos ataques da organização criminosa Primeiro Comando da Capital contra policiais militares e civis no estado de São Paulo, em maio de 2006.

De acordo com o movimento, na capital paulista e na Baixada Santista, cerca de 500 jovens foram mortos e as ações de retaliação tiveram a participação de agentes do Estado.

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