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Moro põe Bendine em prisão preventiva

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras é suspeito de ter recebido R$ 3 milhões em propina da Odebrecht

Aldemir Bendine: Moro converteu a custódia temporária de Bendine em regime por tempo indeterminado (Marcos Oliveira/Agência Senado)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de julho de 2017 às 19h37.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro colocou nesta segunda-feira, 31, o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine em prisão preventiva.

O magistrado acolheu o pedido do Ministério Público Federal e converteu a custódia temporária de Bendine em regime por tempo indeterminado.

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A decisão de Moro alcança ainda os irmãos André Gustavo e Antonio Carlos Vieira da Silva, supostos operadores financeiros de Bendine.

"Defiro o requerido pelo Ministério Público Federal, para, presentes os pressupostos da prisão preventiva, boa prova de materialidade e de autoria, e igualmente os fundamentos, risco à ordem pública, à instrução e à aplicação da lei penal, decretar, com base nos arts. 311 e 312 do CPP, a prisão preventiva de Aldemir Bendine, André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Júnior", ordenou Moro.

Bendine foi preso na quinta-feira, 27, na Operação Cobra, 42ª fase da Lava Jato. O ex-presidente da Petrobras é suspeito de ter recebido R$ 3 milhões em propina da Odebrecht.

Segundo os procuradores, foram encontrados elementos que reforçam as suspeitas contra Bendine e os dois publicitários ligados a ele.

"Na busca e apreensão efetuada na residência de Aldemir Bendine, em São Paulo/SP, foram encontradas anotações que corroboram o depoimento dos colaboradores e revelam que, de fato, Aldemir Bendine informava-se ativamente sobre o arrolamento da dívida da Odebrecht Agroindustrial que baseou seu pedido inicial de propina a Fernando Reis (executivo da Odebrecht), por meio de André Gustavo", informa o Ministério Público Federal.

Em seu depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira, 31, Bendine negou que tenha recebido propina de R$ 3 milhões da Odebrecht.

Ele afirmou que não recebeu valores ilícitos de qualquer empresa. Bendine disse, ainda, que tinha boa relação com o publicitário André Gustavo Vieira da Silva, mas negou ter "relações profissionais com ele".

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