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Ministro fala em usar câmeras e drones para reforçar segurança de torres de energia

Após derrubadas de estruturas, Alexandre Silveira afirma que vigilância será aperfeiçoada

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante entrevista coletiva sobre o andamento das ações de combate aos atos de vandalismo a torres de transmissão de energia elétrica. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
AO

Agência O Globo

Publicado em 17 de janeiro de 2023 às 13h38.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira que o governo e os órgãos e empresas do setor elétrico irão “aperfeiçoar” o sistema de vigilância das linhas de transmissão de energia. Está em estudo instalar câmeras de segurança e utilizar drones para fazer a segurança, depois que torres de transmissão foram derrubadas nos últimos dias. Embora a investigação ainda não esteja concluída, os órgãos do setor suspeitam de vandalismo.

Silveira deu a declaração após ter participado de uma reunião com representantes das empresas do setor elétrico, da Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

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"Essa reunião serviu também para discutirmos questões fundamentais para a modernização da segurança do sistema de transmissão nacional. Há uma boa vontade muito grande de todos os players desse sistema, com implementação de videomonitoramento, implantação de vigilância via drone, e outros sistemas muito modernos que têm no mundo", disse o ministro.

No sábado, foi derrubada a quarta torre de transmissão de energia desde a última segunda-feira, de acordo com a Aneel, que coordena uma força-tarefa do governo criada por conta das ocorrências. Foram três casos em Rondônia e um no Paraná (esta, que faz parte do sistema responsável por escoar a energia gerada em Itaipu).

Mais três torres também foram vandalizadas, uma no Paraná e duas em São Paulo, de acordo com a Aneel. Em todos os casos, o sistema de abastecimento de energia não foi afetado. O ministro afirmou ainda que houve ataques nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro.

"Em todas as linhas de transmissão, esse sistema de vigilância será aperfeiçoado, mas em especial aquelas que tem maior interlocução com o sistema interligado nacional", afirmou o ministro.

Os ataques começaram no mesmo dia em que vândalos bolsonaristas radicais invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília.

Questionado se há motivação política para a derrubada das torres, o ministro disse não ser possível fazer essa afirmação.

"Não podemos fazer essa afirmação. O que nós podemos dizer é que, pelo fato de vários eventos convergirem na sua ação, nós entendemos por bem ser pró-ativos e nos adiantarmos a possíveis problemas mais graves", afirmou.

Segundo o ministro, as investigações estão sendo conduzidas pela PF. "A Polícia Federal já está com vários procedimentos em andamento e vai falar sobre isso num momento oportuno."

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