Lucio Funaro: o empresário é testemunha em processos que envolvem Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima (Alexandre Schneider/VEJA)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de setembro de 2017 às 19h15.
Última atualização em 5 de setembro de 2017 às 19h27.
Brasília - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação premiada do corretor Lúcio Funaro, que admite perante a Justiça ter sido o operador financeiro do PMDB da Câmara e informa fatos que envolvem autoridades com foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF).
A Procuradoria-Geral da República (PGR) aguardava a homologação para poder utilizar na denúncia que prepara contra o presidente da República, Michel Temer, parte dos conteúdos apresentados por Funaro.
Após ter a denúncia por corrupção passiva contra si barrada na Câmara dos Deputados, o presidente ainda é investigado sob supostos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa.
A expectativa era que a denúncia seja apresentada ainda nesta semana.
O corretor financeiro Lúcio Funaro foi ouvido por um juiz auxiliar do ministro Edson Fachin nesta segunda-feira, 4, na penúltima etapa necessária para a validação jurídica do acordo de delação premiada firmado a Procuradoria-Geral da República.
Preso desde 1º de julho de 2016, alvo da Operação Sépsis, corretor é aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Entre outros integrantes do grupo do PMDB da Câmara ao qual o delator faz referência em seu acordo de colaboração estão os atuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco e os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, além do próprio presidente Michel Temer.