Ministro da Educação diz que governo espera pagar bolsa a estudantes do ensino médio em março
Camilo Santana afirma que vai buscar relator da reforma do ensino médio para negociar texto
Agência de notícias
Publicado em 10 de janeiro de 2024 às 07h03.
Última atualização em 10 de janeiro de 2024 às 07h03.
O ministro da educação, Camilo Santana , afirmou nesta terça-feira que o governo espera começar a pagar o "Pé de Meia" - bolsa paga a estudantes do ensino médio de baixa renda - a partir de março.
A confirmação da data, entretanto, ainda depende de diálogos com a Caixa Econômica Federal e de ações de governos estaduais. Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva , o ministro também disse contar com diálogos com o relator do projeto do novo ensino médio, que tramita na Câmara em regime de urgência, para que o texto seja aprovado conforme o desejo governista.
— Eu não gosto nunca de falar em data, mas nós estamos trabalhando para que a partir de março eles (os estudantes) já comecem a receber. Mas, repito, esse é o calendário que nós estamos trabalhando. Porque isso envolve Caixa Econômica Federal, envolve também os estados, para que a gente possa executar esse programa — disse.
No que diz respeito ao projeto do novo ensino médio, Santana disse esperar que os diálogos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o relator do projeto, deputado Mendonça Filho (União-PE), para que seja aprovada uma versão de acordo com os interesses do governo. Na versão do projeto aprovada no Congresso, cada aluno receberá R$ 200 mensais durante dez meses — pagamentos iniciados após a efetivação da matrícula em cada ano letivo — e mais uma poupança de R$ 1.000 por ano até o 3º ano do Ensino Médio.
Dessa forma, ao todo serão R$ 3.000 por ano: as 10 parcelas de R$ 200 poderão ser sacadas pelo estudante durante o ano letivo; já o valor de R$ 1.000 depositado após a aprovação só poderá ser retirado após a conclusão do ensino regular. Estudantes terão que manter uma frequência mínima de 80% nas aulas para manter o direito de receber o auxílio. Os governistas defendem um percentual de 75% de assiduidade.
— O projeto da Reforma do Ensino médio passou por uma consulta pública com estudantes, professores e conselhos de educação sendo ouvidos. Queremos dialogar com o relator Mendonça Filho, com o presidente da Câmara, para chegar a um consenso e aprovar o projeto que foi encaminhado. Espero que agora, com o retorno do Congresso, tenhamos um texto final — completou