Brasil

Ministério Público pode questionar propaganda partidária

Os ministros julgaram ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra lei de 2009 que restringia o direito de contestar apenas aos partidos


	Plenário do STF: a decisão diz respeito às propagandas partidárias, que se destinam a divulgar o conteúdo programático das legendas.
 (Carlos Humberto/STF)

Plenário do STF: a decisão diz respeito às propagandas partidárias, que se destinam a divulgar o conteúdo programático das legendas. (Carlos Humberto/STF)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 17h10.

Brasília – O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (19) que o Ministério Público tem legitimidade para questionar propagandas partidárias irregulares na Justiça Eleitoral. Os ministros julgaram ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra lei de 2009 que restringia o direito de contestar apenas aos partidos.

A decisão diz respeito às propagandas partidárias, que se destinam a divulgar o conteúdo programático das legendas. Elas são diferentes das propagandas eleitorais, que apresentam os candidatos, autorizadas apenas três meses das eleições.

Os ministros não alteraram a lei conforme pediu a PGR, mas deram interpretação para que as intervenções do Ministério Público sejam permitidas, conforme prevê a Constituição. Esse entendimento era adotado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas em alguns tribunais locais os pedidos eram rejeitados.

De acordo com o relator, ministro Luiz Fux, a liberdade partidária não é absoluta e não é possível impedir o Ministério Público de questionar. Para o ministro, o texto aprovado em 2009 “vulnera de forma substancial o papel do Ministério Público na defesa do regime democrático e dos interesses sociais”.

O único que votou pela alteração do texto foi o ministro Teori Zavascki, enquanto Celso de Mello não participou do julgamento.

Acompanhe tudo sobre:PolíticaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Indícios contra militares presos são "fortíssimos", diz Lewandowski

Câmara aprova projeto de lei que altera as regras das emendas parlamentares

PF envia ao STF pedido para anular delação de Mauro Cid por contradições

Barroso diz que golpe de Estado esteve 'mais próximo do que imaginávamos'