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Mesmo após reforma no Alvorada, família Temer voltará ao Jaburu

A volta da família para o Palácio do Jaburu causou polêmica, por conta da reforma para receber seu filho no Alvorada, que custou R$ 24 mil

Família: de acordo com o assessor presidencial, Michel Temer "não se adaptou ao local, achava tudo muito distante e pouco conseguia ver o filho" (Reuters/Reuters)

Família: de acordo com o assessor presidencial, Michel Temer "não se adaptou ao local, achava tudo muito distante e pouco conseguia ver o filho" (Reuters/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de março de 2017 às 17h15.

Última atualização em 1 de março de 2017 às 17h23.

Brasília - Uma semana depois de ter se mudado para o Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer, a primeira-dama, Marcela e o filho Michelzinho, de sete anos, voltaram a morar no Palácio do Jaburu.

"O presidente não se adaptou ao local, achava tudo muito distante e pouco conseguia ver o filho", afirmou um assessor presidencial.

Temer, quando regressou nesta terça-feira de Salvador, onde passou os feriados do carnaval na Base Naval de Aratu, já foi direto para o Palácio do Jaburu com a família.

"O presidente não gostou de lá, achou muito frio", prosseguiu o interlocutor. Para o presidente, o Jaburu "se parece muito mais com uma casa comum".

A ida da família presidencial para o Jaburu causou uma enorme polêmica por conta da instalação de uma tela de proteção na varanda do quarto que foi reformado para receber o menino no Alvorada. A reforma custou R$ 24.015,68, segundo informou a Secretaria de Governo ao Estado.

A obra foi criticada pelo ex-curador do Alvorada Rogério Carvalho que classificou a iniciativa como "uma barbaridade deplorável".

Ele disse à reportagem que o Palácio da Alvorada "é um símbolo nacional e não pode ser desfigurado como foi". Carvalho lembrou ainda que o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama quando se mudou para a Casa Branca tinha uma filha na idade do filho de Temer, sete anos, e nem por isso modificou a fachada da residência presidencial norte-americana.

A instalação da tela foi autorizada pelo IPHAN. A permissão dizia que a instalação é "em caráter temporário" e foi dada para atender a questões de segurança, desde que "nenhum elemento de fixação poderá utilizar as superfícies revestidas em pedra (mármore)".

A área onde foi instalada a tela fica no segundo andar do Alvorada, onde está a parte íntima da residência. Ali existem seis quartos, que sofreram mudanças para receber a família.

Outra queixa frequente do presidente é que o menino, "que é muito danado", de acordo com um assessor do palácio, "some a toda hora", deixando seguranças e a avó, que fora morar com a filha Marcela e o presidente, preocupados. Para receber a família, além da tela, foram reformados armários do local.

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