MELHORES E MAIORES 50 anos: bolha imobiliária estoura e deflagra a crise mundial em 2008
No Brasil, presidente Lula chama a crise de 2008 de “marolinha”, mas o país não fica imune aos efeitos econômicos negativos
Redação Exame
Publicado em 3 de agosto de 2023 às 13h35.
Última atualização em 15 de agosto de 2023 às 15h38.
Em 2008, o capitalismo mundial enfrentou sua pior crise desde 1929. A falência do tradicional banco norte-americano Lehman Brothers provocou o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, cujo efeito-dominó abalou toda a economia mundial. O rompimento da bolha foi o ápice da crise que começou em 2007, desencadeada pelo colapso no pagamento de hipotecas de imóveis nos Estados Unidos. Para amenizar os efeitos da crise e evitar danos ainda maiores à economia nacional, o Congresso estadunidense aprovou uma ajuda emergencial de US$ 700 bilhões às instituições financeiras daquele país.
A recessão global que se seguiu aumentou o desemprego e prejudicou a economia em diversas nações. O Brasil não atravessou a crise imune, mas sentiu menos os efeitos do que outros países. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava em seu segundo mandato, chegou a ironizar ao dizer que a crise, que provocou um tsunami financeiro em outras nações, chegaria ao Brasil como uma “marolinha”.
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A Fiat foi eleita a empresa do ano na edição 2008 da MELHORES E MAIORES. Seguindo os critérios como resultados em vendas, faturamento, rentabilidade e crescimento, a Fiat venceu em razão dos seus resultados, impulsionados pelo bom desempenho da indústria automobilística como um todo, no país. No ano anterior à premiação, as vendas de automóveis no país foram de 2,4 milhões de automóveis – recorde do setor.
"Não poderia haver melhor presente de aniversário para a nossa companhia”, declarou, na ocasião, o então presidente da Fiat no Brasil, Cledorvino Belini, referindo-se ao MELHORES E MAIORES, cuja data da premiação coincidiu com o aniversário da montadora de origem italiana., que já havia subido ao pódio de campeã, em 1993.
O ano de 2008 também ficou marcado pelas grandes fusões econômicas. Em março, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), anunciou a união com a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), tornando-se a principal referência no mercado de ações da América Latina. Em novembro, foi a vez dos bancos Itaú e Unibanco anunciarem a fusão, dando origem a um dos principais e mais sólidos conglomerados financeiros do país.
No cenário político internacional, o líder cubano Fidel Castro renunciou naquele ano à presidência e o comando das forças armadas de Cuba, após quase meio século no poder. Principal líder da Revolução Cubana, Fidel delegou os poderes ao irmão, Raúl Castro, que lutou ao lado dos guerrilheiros que depuseram o presidente Fulgêncio Batista, em 1959. Nos Estados Unidos, naquele mesmo 2008, os eleitores elegeram o primeiro presidente negro da história do país: Barack Obama.