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Médicos suspendem amanhã atendimento a clientes de planos

Protesto contra o preço pago pelas consultas pode atingir até 35 milhões de pessoas em 23 estados e no Distrito Federal

Os médicos querem que as operadoras dos planos de saúde paguem mais pelas consultas (Stock Exchange)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2011 às 20h05.

Brasília – Médicos vão interromper amanhã o atendimento a clientes de planos de saúde para cobrar reajuste nos valores pagos pelas operadoras. Dos mais de 46 milhões de usuários, a categoria estima que os planos afetados pela paralisação somam de 25 milhões a 35 milhões de clientes.

É a segunda vez este ano em que a categoria faz um boicote às operadoras. Na primeira, em abril, a paralisação foi contra todos os planos do país. Desta vez, os médicos suspenderão, por 24 horas, as consultas por convênios que não reajustaram os valores pagos por elas ou não negociaram.

A categoria quer aumento imediato no valor das consultas pago pelas operadoras e a fixação de um reajuste anual. De acordo com os médicos, os planos de saúde pagam, em média, R$ 40 por atendimento. O valor mais baixo encontrado pelas entidades médicas é R$ 15, e o maior, R$ 80. A categoria defende mínimo de R$ 60.

Segundo os médicos, nos últimos anos, os planos de saúde foram reajustados em cerca de 150%, enquanto a remuneração médica não chegou a subir 50%. Os médicos reivindicam que os contratos com as operadoras tenham previsão de reajuste anual da remuneração deles, assim como ocorre com as mensalidades dos planos, reajustadas a cada ano a partir de percentuais definidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) . “Aos médicos, não há previsão de aumento. Só nos resta o conflito”, disse o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriça Miranda.

Os profissionais reclamam da interferência das empresas no trabalho médico, como forçar a alta de pacientes internados em unidades intensivas de tratamento e recusar a autorização determinados exames. “É inadmissível quem tem plano de saúde tenha ter que recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) porque as operadoras negam atendimento”, disse Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).

Os médicos também cobram atuação mais firme da ANS. “O que está colocado em jogo é a assistência a 46 milhões de usuários. O governo tem responsabilidade”, disse Miranda.

O protesto ocorrerá amanhã em 23 estados e no Distrito Federal. Em nove estados, os médicos credenciados vão suspender as consultas de todas as operadoras – Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins.

O Amazonas, o Rio Grande do Norte e Roraima são os únicos estados em que os médicos não irão parar porque entraram em acordo com as operadoras ou estão prestes a chegar a um consenso.

Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos durante a mobilização. Segundo as entidades médicas, os pacientes foram avisados com antecedência da paralisação e devem reagendar as consultas.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que representa 15 das maiores operadoras do país, informa que vem negociando a remuneração com os médicos. A entidade alega que suas afiliadas estão entre as que pagam os maiores valores.

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Brasília – Médicos vão interromper amanhã o atendimento a clientes de planos de saúde para cobrar reajuste nos valores pagos pelas operadoras. Dos mais de 46 milhões de usuários, a categoria estima que os planos afetados pela paralisação somam de 25 milhões a 35 milhões de clientes.

É a segunda vez este ano em que a categoria faz um boicote às operadoras. Na primeira, em abril, a paralisação foi contra todos os planos do país. Desta vez, os médicos suspenderão, por 24 horas, as consultas por convênios que não reajustaram os valores pagos por elas ou não negociaram.

A categoria quer aumento imediato no valor das consultas pago pelas operadoras e a fixação de um reajuste anual. De acordo com os médicos, os planos de saúde pagam, em média, R$ 40 por atendimento. O valor mais baixo encontrado pelas entidades médicas é R$ 15, e o maior, R$ 80. A categoria defende mínimo de R$ 60.

Segundo os médicos, nos últimos anos, os planos de saúde foram reajustados em cerca de 150%, enquanto a remuneração médica não chegou a subir 50%. Os médicos reivindicam que os contratos com as operadoras tenham previsão de reajuste anual da remuneração deles, assim como ocorre com as mensalidades dos planos, reajustadas a cada ano a partir de percentuais definidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) . “Aos médicos, não há previsão de aumento. Só nos resta o conflito”, disse o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Aloísio Tibiriça Miranda.

Os profissionais reclamam da interferência das empresas no trabalho médico, como forçar a alta de pacientes internados em unidades intensivas de tratamento e recusar a autorização determinados exames. “É inadmissível quem tem plano de saúde tenha ter que recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) porque as operadoras negam atendimento”, disse Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).

Os médicos também cobram atuação mais firme da ANS. “O que está colocado em jogo é a assistência a 46 milhões de usuários. O governo tem responsabilidade”, disse Miranda.

O protesto ocorrerá amanhã em 23 estados e no Distrito Federal. Em nove estados, os médicos credenciados vão suspender as consultas de todas as operadoras – Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Tocantins.

O Amazonas, o Rio Grande do Norte e Roraima são os únicos estados em que os médicos não irão parar porque entraram em acordo com as operadoras ou estão prestes a chegar a um consenso.

Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos durante a mobilização. Segundo as entidades médicas, os pacientes foram avisados com antecedência da paralisação e devem reagendar as consultas.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaúde), que representa 15 das maiores operadoras do país, informa que vem negociando a remuneração com os médicos. A entidade alega que suas afiliadas estão entre as que pagam os maiores valores.

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