Foco de novo partido não é eleição de 2014, diz Marina Silva
Partido não será "nem posição, nem oposição" do governo atual e se propõe a preencher vazio ético na política brasileira, afirmou a ex-senadora
Da Redação
Publicado em 16 de fevereiro de 2013 às 16h26.
Brasília - A ex-senadora e ex-candidata à Presidência Marina Silva afirmou neste sábado, em evento que organiza a criação de uma nova legenda política no país, que o novo partido não tem como finalidade as eleições presidenciais de 2014, mas preencher um vazio ético e de participação social na política brasileira.
A Rede Sustentabilidade, lançada neste sábado em Brasília como embrião de um novo partido, não terá foco em ser "posição" ou "oposição" ao governo, mas quebrar "o mundo em que você tem apenas "duas possibilidades e precisa escolher a menos ruim", afirmou Marina, em clara referência ao domínio de PT e PSDB nos embates eleitorais recentes.
Durante a coletiva de imprensa para anunciar a Rede, Marina sentou na segunda fileira, tentando dar espaço para outros nomes do movimento --o que pouco funcionou, já que quase todas as perguntas foram dirigidas a ela, que fugiu de questionamentos, como o se ela será candidata a presidente em 2014.
Coube à ex-senadora Heloísa Helena, filiada ao PSOL, dizer o que todos os integrantes do grupo pensam: "Marina não gosta que digam...Mas o objetivo é fazer Marina Silva candidata a presidente em 2014", afirmou ela, sendo muito aplaudida.
O desafio do movimento é reunir 500 mil assinaturas em pelo menos nove Estados brasileiros até início de julho, segundo estimativas dos integrantes. O prazo final é outubro, mas eles contam que o processo burocrático eleitoral, como a conferência das assinaturas, tomará dois meses.
Marina afirmou que está em conversas com políticos e lideranças de outros partidos interessados na Rede, mas que somente fará alianças com alianças que tiveram "afinidades programáticas".
"Existem pessoas boas dentro de todos os partidos", disse ela.
Segundo os fundadores, não será permitido no novo partido a filiação e candidatura de políticos ficha-suja, em especial nos casos de improbidade administrativa.
"E isso não quer dizer que aceitaríamos qualquer político ficha limpa", disse o ex-deputado pelo PT Marcos Rolim.
Perguntados exemplos de "ficha-limpa" que não seriam aceitos, alguns fundadores citaram os nomes dos senadores peemedebistas Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL), presidente do Congresso.
Marina concorreu à Presidência da República em 2010 pelo PV e teve quase 20 milhões de votos, votação considerada decisiva para forçar o segundo turno entre Dilma e o tucano José Serra.
"Foi esta rede que conseguiu 20 milhões de votos", disse Marina.
A Rede, que tem Marina como principal estrela, quer ter base na sociedade civil e tem entre seus apoiadores ex-integrantes do PT --como a própria Marina--, PSDB, PSB e PPS e filiados ainda a outras legendas ou artistas, como Gilberto Gil, que enviou uma mensagem de apoio.
Perguntada se a palavra partido havia se tornado um palavrão, já que o movimento evita utilizá-la, a ex-senadora se utilizou de uma frase de Jesus, em passagem bíblica: "Tu o dizes".
*Matéria atualizada às 17h26
Brasília - A ex-senadora e ex-candidata à Presidência Marina Silva afirmou neste sábado, em evento que organiza a criação de uma nova legenda política no país, que o novo partido não tem como finalidade as eleições presidenciais de 2014, mas preencher um vazio ético e de participação social na política brasileira.
A Rede Sustentabilidade, lançada neste sábado em Brasília como embrião de um novo partido, não terá foco em ser "posição" ou "oposição" ao governo, mas quebrar "o mundo em que você tem apenas "duas possibilidades e precisa escolher a menos ruim", afirmou Marina, em clara referência ao domínio de PT e PSDB nos embates eleitorais recentes.
Durante a coletiva de imprensa para anunciar a Rede, Marina sentou na segunda fileira, tentando dar espaço para outros nomes do movimento --o que pouco funcionou, já que quase todas as perguntas foram dirigidas a ela, que fugiu de questionamentos, como o se ela será candidata a presidente em 2014.
Coube à ex-senadora Heloísa Helena, filiada ao PSOL, dizer o que todos os integrantes do grupo pensam: "Marina não gosta que digam...Mas o objetivo é fazer Marina Silva candidata a presidente em 2014", afirmou ela, sendo muito aplaudida.
O desafio do movimento é reunir 500 mil assinaturas em pelo menos nove Estados brasileiros até início de julho, segundo estimativas dos integrantes. O prazo final é outubro, mas eles contam que o processo burocrático eleitoral, como a conferência das assinaturas, tomará dois meses.
Marina afirmou que está em conversas com políticos e lideranças de outros partidos interessados na Rede, mas que somente fará alianças com alianças que tiveram "afinidades programáticas".
"Existem pessoas boas dentro de todos os partidos", disse ela.
Segundo os fundadores, não será permitido no novo partido a filiação e candidatura de políticos ficha-suja, em especial nos casos de improbidade administrativa.
"E isso não quer dizer que aceitaríamos qualquer político ficha limpa", disse o ex-deputado pelo PT Marcos Rolim.
Perguntados exemplos de "ficha-limpa" que não seriam aceitos, alguns fundadores citaram os nomes dos senadores peemedebistas Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL), presidente do Congresso.
Marina concorreu à Presidência da República em 2010 pelo PV e teve quase 20 milhões de votos, votação considerada decisiva para forçar o segundo turno entre Dilma e o tucano José Serra.
"Foi esta rede que conseguiu 20 milhões de votos", disse Marina.
A Rede, que tem Marina como principal estrela, quer ter base na sociedade civil e tem entre seus apoiadores ex-integrantes do PT --como a própria Marina--, PSDB, PSB e PPS e filiados ainda a outras legendas ou artistas, como Gilberto Gil, que enviou uma mensagem de apoio.
Perguntada se a palavra partido havia se tornado um palavrão, já que o movimento evita utilizá-la, a ex-senadora se utilizou de uma frase de Jesus, em passagem bíblica: "Tu o dizes".
*Matéria atualizada às 17h26