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Marina Silva aposta em elementos orgânicos na moda

A política costuma usar peças de estilistas conhecidos por exibir coleções em sintonia com a cultura brasileira

Marina Silva: para os especialistas, um dos grandes acertos de Marina foi adaptar seu estilo pessoal ao meio político, como o terninho (Lailson dos Santos/Veja)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 14h18.

São Paulo - A pouco mais de um ano das eleições de 2014, Marina Silva usa a moda como forma de expressão ideológica e aposta em estilistas alternativos e maquiagem orgânica sem deixar a modernidade de lado.

Para a consultora de moda paulista Ana Vaz, a ambientalista, historiadora, pedagoga e provável candidata às próximas eleições presidenciais veste sua ideologia.

'Marina busca o autêntico, a representação de suas raízes através das roupas que usa, e isso contribui muito para traduzir seus valores políticos', opina.

Com discrição e, ao mesmo tempo, personalidade, a política acreana flerta com marcas que têm visões de mundo afins, como o mineiro Ronaldo Fraga.

É comum vê-la usando, por exemplo, peças do estilista conhecido por exibir coleções em sintonia com a cultura brasileira na São Paulo Fashion Week.

Para os especialistas, um dos grandes acertos de Marina foi adaptar seu estilo pessoal ao meio político, como fez durante a campanha das eleições de 2010.

O terninho, por exemplo, foi harmonizado de forma moderna e coerente a suas raízes, e sua proposta política e passou a fazer parte de seu dia a dia.

O guarda-roupa corporativo e mais sóbrio transmitiu à época a ideia de que, sim, Marina também estava apta a administrar, pode ser firme e que isso é absolutamente pertinente para o desafio a que se propunha.

'É interessante notar que naquele momento o coque passou a ficar um pouco mais alto (passando a ideia de mais autoridade), e a sobrancelha mais desenhada - mas não descaracterizada, fina', lembra Ana Vaz.


Por ser alérgica, Marina não usa maquiagem, mas durante a campanha, aparentemente recorreu a truques como usar beterraba como batom e blush - importantes para um ar saudável e vivo, especialmente em um momento como o período eleitoral.

Antes das eleições de 2010, no entanto, Marina tinha um visual essencialmente étnico, pouco corporativo. Às vezes aparentando perfil frágil e acanhado, com roupas largas e modelagens amplas, além do coque baixo.

Até hoje, quando escolhe peças mais distantes do corpo, Marina ainda projeta certa fragilidade, já que o tamanho da roupa parece maior que o dela.

Atualmente, ao menos no quesito figurino, a pré-candidata transmite uma imagem de maturidade, autoridade e preocupação com as raízes e a questão ambiental (os acessórios mais naturais, étnicos e as cores quentes e terrosas presentes em seus looks parecem comunicar isso).

'A imagem de Marina comunica capacidade de ouvir, o que poucos políticos conseguem fazer por adotarem um visual mais tradicional e até antiquado e rígido', conclui Ana Vaz.

Não seria pedir muito, no entanto, que a política lançasse mão de um pouco mais de cores frias e sóbrias para os momentos em que precisar de dureza.

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São Paulo - A pouco mais de um ano das eleições de 2014, Marina Silva usa a moda como forma de expressão ideológica e aposta em estilistas alternativos e maquiagem orgânica sem deixar a modernidade de lado.

Para a consultora de moda paulista Ana Vaz, a ambientalista, historiadora, pedagoga e provável candidata às próximas eleições presidenciais veste sua ideologia.

'Marina busca o autêntico, a representação de suas raízes através das roupas que usa, e isso contribui muito para traduzir seus valores políticos', opina.

Com discrição e, ao mesmo tempo, personalidade, a política acreana flerta com marcas que têm visões de mundo afins, como o mineiro Ronaldo Fraga.

É comum vê-la usando, por exemplo, peças do estilista conhecido por exibir coleções em sintonia com a cultura brasileira na São Paulo Fashion Week.

Para os especialistas, um dos grandes acertos de Marina foi adaptar seu estilo pessoal ao meio político, como fez durante a campanha das eleições de 2010.

O terninho, por exemplo, foi harmonizado de forma moderna e coerente a suas raízes, e sua proposta política e passou a fazer parte de seu dia a dia.

O guarda-roupa corporativo e mais sóbrio transmitiu à época a ideia de que, sim, Marina também estava apta a administrar, pode ser firme e que isso é absolutamente pertinente para o desafio a que se propunha.

'É interessante notar que naquele momento o coque passou a ficar um pouco mais alto (passando a ideia de mais autoridade), e a sobrancelha mais desenhada - mas não descaracterizada, fina', lembra Ana Vaz.


Por ser alérgica, Marina não usa maquiagem, mas durante a campanha, aparentemente recorreu a truques como usar beterraba como batom e blush - importantes para um ar saudável e vivo, especialmente em um momento como o período eleitoral.

Antes das eleições de 2010, no entanto, Marina tinha um visual essencialmente étnico, pouco corporativo. Às vezes aparentando perfil frágil e acanhado, com roupas largas e modelagens amplas, além do coque baixo.

Até hoje, quando escolhe peças mais distantes do corpo, Marina ainda projeta certa fragilidade, já que o tamanho da roupa parece maior que o dela.

Atualmente, ao menos no quesito figurino, a pré-candidata transmite uma imagem de maturidade, autoridade e preocupação com as raízes e a questão ambiental (os acessórios mais naturais, étnicos e as cores quentes e terrosas presentes em seus looks parecem comunicar isso).

'A imagem de Marina comunica capacidade de ouvir, o que poucos políticos conseguem fazer por adotarem um visual mais tradicional e até antiquado e rígido', conclui Ana Vaz.

Não seria pedir muito, no entanto, que a política lançasse mão de um pouco mais de cores frias e sóbrias para os momentos em que precisar de dureza.

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