Marcola, do PCC, pediu autorização para pôr botox
Investigações apontam que Marcola, um dos mais respeitados membros do PCC, pediu para aplicar Botox
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de dezembro de 2016 às 09h17.
Rio - O Ministério Público Estadual (MPE) apurou que, além de chefe do Primeiro Comando da Capital ( PCC ), temido e respeitado pela maioria da população carcerária de São Paulo, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, é um detento vaidoso.
As investigações da Polícia Civil e do MPE descobriram que o chefe da facção criminosa pediu autorização duas vezes para colocar botox, no segundo semestre do ano passado, para cuidar de sua aparência.
Marcola tinha um dermatologista particular que o atendia na Penitenciária de Presidente Venceslau 2, no interior do Estado, onde está preso.
Foram realizadas algumas consultas e receitados cremes e cuidados para tratar a pele do chefe do PCC. Depois de uma delas, o médico, em nome de Marcola, fez o pedido para a aplicação do produto.
"O pedido foi negado. Posteriormente, o médico reiterou o pedido e alegou que Marcola sofre de neuralgia do nervo trigêmeo para justificar a intervenção", contou o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco.
"Um dos principais sintomas é que o paciente tem dores muito fortes. O que não é e nunca foi o caso do Marcola, obviamente."
O médico prestou depoimento na promotoria e admitiu que foi o próprio chefe do PCC que pediu que ele fizesse o documento informando que o preso estava doente e precisava colocar o botox.
A suspeita é de que Marcola quisesse tirar os pés de galinha de seu rosto. O líder da facção criminosa está com 48 anos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.