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Marcola, do PCC, pediu autorização para pôr botox

Investigações apontam que Marcola, um dos mais respeitados membros do PCC, pediu para aplicar Botox

Botox: médico justificou pedido afirmando que Marcola teria neuralgia do nervo trigêmeo (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

Botox: médico justificou pedido afirmando que Marcola teria neuralgia do nervo trigêmeo (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de dezembro de 2016 às 09h17.

Rio - O Ministério Público Estadual (MPE) apurou que, além de chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), temido e respeitado pela maioria da população carcerária de São Paulo, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, é um detento vaidoso.

As investigações da Polícia Civil e do MPE descobriram que o chefe da facção criminosa pediu autorização duas vezes para colocar botox, no segundo semestre do ano passado, para cuidar de sua aparência.

Marcola tinha um dermatologista particular que o atendia na Penitenciária de Presidente Venceslau 2, no interior do Estado, onde está preso.

Foram realizadas algumas consultas e receitados cremes e cuidados para tratar a pele do chefe do PCC. Depois de uma delas, o médico, em nome de Marcola, fez o pedido para a aplicação do produto.

"O pedido foi negado. Posteriormente, o médico reiterou o pedido e alegou que Marcola sofre de neuralgia do nervo trigêmeo para justificar a intervenção", contou o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco.

"Um dos principais sintomas é que o paciente tem dores muito fortes. O que não é e nunca foi o caso do Marcola, obviamente."

O médico prestou depoimento na promotoria e admitiu que foi o próprio chefe do PCC que pediu que ele fizesse o documento informando que o preso estava doente e precisava colocar o botox.

A suspeita é de que Marcola quisesse tirar os pés de galinha de seu rosto. O líder da facção criminosa está com 48 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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