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Manifestação de rodoviários causa tumulto em Goiânia

Rodoviários insatisfeitos com acordo salarial promoveu série de manifestações que terminaram em confusão em Goiânia


	Avenida de Goiânia, Goiás: ao menos, 15 ônibus convencionais foram depredados
 (Wikimedia Commons)

Avenida de Goiânia, Goiás: ao menos, 15 ônibus convencionais foram depredados (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2014 às 13h01.

Brasília - Um grupo de rodoviários insatisfeitos com os termos do acordo salarial assinado pelos sindicatos dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Goiás e das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de Goiânia promoveu uma série de manifestações que terminaram em confusão, quebra-quebra e ônibus depredados na manhã de hoje (16).

Ao menos, 15 ônibus convencionais foram depredados, segundo levantamento preliminar do Consórcio RMTC, responsável por gerir a operação integrada do sistema de transporte coletivo na região metropolitana da capital goiana.

De acordo com o consórcio, nas primeiras horas da manhã de hoje, o grupo descontente impediu a saída de ônibus da garagem de uma empresa.

A ação afetou várias linhas de ônibus, principalmente na região sul de Goiânia.

Com o atraso, alguns passageiros se irritaram e, junto com alguns rodoviários e com outras pessoas que apoiam as manifestações, começaram a depredar ônibus e as instalações de alguns terminais.

Segundo o consórcio, as linhas que passam pelos terminais Araguaia, Bandeiras, Cruzeiro, Garavelo, Veiga Jardim e Vila Brasília foram as mais afetadas.

No terminal Bandeiras, o atendimento chegou a ser totalmente interrompido. Também foram registrados problemas nos terminais Isidória, Parque Atheneu, Praça A e Praça da Bíblia.

O trânsito de veículos chegou a ser interrompido em parte do Eixo Anhanguera, mas foi normalizado por volta das 11h30.


No local, funciona o sistema expresso de ônibus biarticulado operado pela Metrobus.

Em média, cerca de 250 mil pessoas utilizam o sistema em dias úteis.

O Sindittransporte, sindicato que representa os cerca de 4,5 mil motoristas, cobradores, mecânicos e rodoviários da região metropolitana, informou não ter responsabilidade pelos protestos.

Em nota divulgada ontem (15), a entidade afirma que “a tentativa fracassada de paralisação não é de reponsabilidade do Sindittransporte, nem da categoria de trabalhadores, mas sim do Sindcoletivo, um pequeno grupo que não visa o bem-estar da categoria e sim à baderna”.

De acordo com a assessoria do Sindittransporte, o grupo de insatisfeitos tem menos de 40 rodoviários.

O sindicato orientou a categoria a não reagir a provocações e nem tentem furar eventuais bloqueios.

A Agência Brasil não conseguiu contato, por telefone, com nenhum representante do movimento.

Mediado pelo Ministério Público do Trabalho, o acordo assinado na tarde de ontem (15) estabelece um aumento salarial de 7%; reajuste de 16% no valor do tíquete-alimentação; 7% a título de gratificação suplementar e manutenção do anuênio, acréscimo salarial de 3% que cada trabalhador recebe por ano de trabalho.

Com o aumento, o salário base da categoria passou de R$ 1.445,14 para R$ 1.546,30.

Em nota, o Sindittransporte defendeu o acordo, garantindo que a reposição salarial ficou acima da inflação medida no último período (5,39%).

“O acordo representa um grande avanço para os trabalhadores do transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana e está em conformidade com a média dos reajustes de outras categorias de trabalhadores em âmbito nacional”.

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