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Lula recebe título de doutor de universidade boliviana

Ex-presidente foi investido doutor "honoris causa" pela Universidade de Aquino Bolívia

Luiz Inácio Lula da Silva: ex-presidente está na Bolívia para dissertar em um fórum sobre mudança climática (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 22h21.

La Paz - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi investido doutor "honoris causa" nesta quarta-feira pela Universidade de Aquino Bolívia (Udabol), com sede na cidade de Santa Cruz, onde amanhã dissertará em um fórum sobre mudança climática.

Lula chegou à tarde ao aeroporto Viru Viru, em Santa Cruz, onde foi recebido pelos ministros da Presidência, Juan Ramón Quintana, e de Culturas, Pablo Groux, além do prefeito de Santa Cruz, Percy Fernández, que lhe entregou as chaves da cidade.

Imediatamente e sem fazer declarações à imprensa, o ex-presidente se transferiu ao edifício da Udabol, onde lhe aguardavam autoridades nacionais e acadêmicas, e dezenas de estudantes bolivianos e brasileiros.

Em seu discurso, Lula destacou que a homenagem recebida "é um reconhecimento às conquistas do povo nos últimos anos, na busca de um desenvolvimento com justiça social".

"Por isso, quero compartilhar este título com o povo brasileiro, que decidiu tomar seu destino em suas mãos e está construindo um novo país mais fraterno e menos desigual (...) Este título pertence especialmente aos brasileiros mais pobres que estão conquistando a cidadania e o direito de viver com dignidade", acrescentou.

Lula também ressaltou que durante sua gestão e na da atual presidente, Dilma Rousseff, conseguiram com o presidente boliviano, Evo Morales, que ambos países se tornassem "mais próximos, construindo um vínculo de cooperação e respeito que deveria ter sido sempre a base" das relações bilaterais.

Além disso, sustentou que compartilha com Morales "não somente a mesma origem popular, mas também o mesmo sonho, a mesma obsessão" que as sociedades "sejam mais equitativas e democráticas".

"Sabemos que o futuro de nossos países depende de nossa capacidade de consolidar políticas de integração regional que possam ampliar os intercâmbios comerciais e econômicos e, além disso, consolidar a união fraternal de nossos povos no campo da educação, da cultura e da promoção da cidadania", disse.

Lula salientou ainda a importância de dar valor à dimensão social na integração continental e mencionou como um exemplo disto a presença numerosa de universitários brasileiros na Bolívia e de trabalhadores bolivianos no Brasil.

"Permitam-me que a partir de hoje me sinta muito mais perto do coração de todos os bolivianos porque compartilho o sonho da utopia possível de um América Latina mais unida, mais democrática, mais justa e solidária", concluiu.

É a segunda vez que Lula visita a Bolívia após o fim do seu mandato e amanhã o ex-presidente será um dos expositores no seminário "Frente à mudança climática: Uma economia e uma sociedade para viver bem", uma das atividades prévias à Cúpula do Grupo dos 77 países em desenvolvimento (G77) e a China que também será realizada em Santa Cruz em junho.

A reunião presidencial lembrará os 50 anos da criação do grupo e sua realização foi proposta pela Bolívia, país que ocupa este ano a presidência temporária do organismo.

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Imediatamente e sem fazer declarações à imprensa, o ex-presidente se transferiu ao edifício da Udabol, onde lhe aguardavam autoridades nacionais e acadêmicas, e dezenas de estudantes bolivianos e brasileiros.

Em seu discurso, Lula destacou que a homenagem recebida "é um reconhecimento às conquistas do povo nos últimos anos, na busca de um desenvolvimento com justiça social".

"Por isso, quero compartilhar este título com o povo brasileiro, que decidiu tomar seu destino em suas mãos e está construindo um novo país mais fraterno e menos desigual (...) Este título pertence especialmente aos brasileiros mais pobres que estão conquistando a cidadania e o direito de viver com dignidade", acrescentou.

Lula também ressaltou que durante sua gestão e na da atual presidente, Dilma Rousseff, conseguiram com o presidente boliviano, Evo Morales, que ambos países se tornassem "mais próximos, construindo um vínculo de cooperação e respeito que deveria ter sido sempre a base" das relações bilaterais.

Além disso, sustentou que compartilha com Morales "não somente a mesma origem popular, mas também o mesmo sonho, a mesma obsessão" que as sociedades "sejam mais equitativas e democráticas".

"Sabemos que o futuro de nossos países depende de nossa capacidade de consolidar políticas de integração regional que possam ampliar os intercâmbios comerciais e econômicos e, além disso, consolidar a união fraternal de nossos povos no campo da educação, da cultura e da promoção da cidadania", disse.

Lula salientou ainda a importância de dar valor à dimensão social na integração continental e mencionou como um exemplo disto a presença numerosa de universitários brasileiros na Bolívia e de trabalhadores bolivianos no Brasil.

"Permitam-me que a partir de hoje me sinta muito mais perto do coração de todos os bolivianos porque compartilho o sonho da utopia possível de um América Latina mais unida, mais democrática, mais justa e solidária", concluiu.

É a segunda vez que Lula visita a Bolívia após o fim do seu mandato e amanhã o ex-presidente será um dos expositores no seminário "Frente à mudança climática: Uma economia e uma sociedade para viver bem", uma das atividades prévias à Cúpula do Grupo dos 77 países em desenvolvimento (G77) e a China que também será realizada em Santa Cruz em junho.

A reunião presidencial lembrará os 50 anos da criação do grupo e sua realização foi proposta pela Bolívia, país que ocupa este ano a presidência temporária do organismo.

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