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Lula provoca Luciano Huck ao falar sobre eleições de 2018

O ex-presidente afirmou que tudo o que mais deseja na vida é "disputar (a cadeira presidencial) com alguém com o logotipo da Globo na testa"

Lula: ex-presidente disse não acreditar em candidaturas outsiders e que gostaria de ver "o que eles querem para o Brasil" (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de novembro de 2017 às 09h24.

Última atualização em 23 de novembro de 2017 às 09h25.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na manhã desta quinta-feira, 23, que não vê possibilidade de não disputar a Presidência da República nas eleições gerais de 2018. E provocou o apresentador de TV Luciano Huck (sem partido), destacando que tudo o que mais deseja na vida é "disputar (a cadeira presidencial) com alguém com o logotipo da Globo na testa".

Em entrevista à Rádio 730 AM de Goiás, na manhã desta quinta, Lula disse não acreditar em candidaturas outsiders e que gostaria de ver "o que eles querem para o Brasil".

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"Ainda não discutimos candidatura, mas a minha disposição é ser candidato e fazer o povo voltar a andar de cabeça erguida. Quem salvou o Brasil uma vez, pode salvar o Brasil de novo", emendou.

A edição desta quinta-feira do Estadão mostra o apresentador Luciano Huck, provável presidenciável, com uma melhora significativa de imagem nos últimos dois meses. A aprovação ao nome de Huck registrou salto de 17 pontos porcentuais desde setembro, passando de 43% para 60%.

Já a desaprovação caiu de 40% para 32% no mesmo período. Entre os presidenciáveis, o primeiro a aparecer no ranking de aprovação do Barômetro Político, depois de Huck, é Lula, com 43% de avaliação positiva e 56% de negativa, seguido do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa com 42% de avaliação positiva e 41% negativa; Marina Silva (Rede) com 35% positiva e 56% negativa e Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSC) com avaliação positiva de 24%. O governador tucano tem avaliação negativa de 67% e Bolsonaro 60%.

Além de provocar Luciano Huck, Lula diz que estão tentando emplacar na campanha presidencial 2018 o ex-presidente do STF Joaquim Barbosa. E fazendo uso de suas metáforas futebolísticas, frisou: "Mas na hora em que o jogo começar, vamos ver quem marca gol." Sobre o deputado Jair Bolsonaro (PSC), outro presidenciável, o petista disse que ele já tem sete mandatos no Congresso "e tenta dizer que não é político". E recomendou que o povo observe a vida desses postulantes.

Na entrevista à rádio goiana, o ex-presidente da República criticou mais uma vez o cerco que vem sofrendo da força-tarefa da Operação Lava Jato, dizendo que não se pode pegar um instrumento como a delação premiada e só aceitar se "o Lula for citado". "O power point é mentiroso. Não tem nada concreto, sem base jurídica. Uma fantasia do procurador." E argumentou que a gestão do PT foi a quem mais criou instrumentos de combate à corrupção no Brasil. "Não tem uma lei de combate à corrupção que não tenha sido aprovada no governo do PT. Já cansei de desafiar a Lava Jato a apresentar provas."

Temer

Indagado sobre o atual governo, Lula reiterou que considera o presidente Michel Temer (PMDB) fraco. "O governo não pode se subordinar tanto. O Congresso adora presidente fraco e o Temer é muito fraco do ponto de vista da opinião pública. E o Congresso aproveita."

Para o petista, "Temer está atendendo tudo o que um conjunto de deputados quer. Existe articulação política e existe vender a alma ao diabo que é o que o Temer está fazendo." E diz torcer para o Brasil dar certo porque a economia já chegou ao fundo do poço e quem paga o preço é a população.

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