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Lula diz que nunca se perdoou por foto ao lado de Maluf

Ex-presidente posou para uma foto com o adversário histórico durante a campanha para a eleição municipal de 2012

Lula: no ano da foto, o ex-presidente ainda estava em tratamento contra um câncer na laringe e dificilmente fazia aparições públicas (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de dezembro de 2017 às 06h34.

Última atualização em 21 de dezembro de 2017 às 07h01.

São Paulo - No dia em que o deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi preso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que "nunca se perdoou" por ter aceitado posar para uma foto com o adversário histórico durante a campanha para a eleição municipal de 2012.

Naquele ano, Lula ainda estava em tratamento contra um câncer na laringe e dificilmente fazia aparições públicas.

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O PT negociou uma aliança com o PP mas além de participação no futuro governo petista, Maluf exigiu uma foto com Lula para selar o acordo.

Na manhã do dia 18 de junho Lula e Maluf, que durante décadas protagonizaram uma dura disputa política em lados opostos, surpreenderam o mundo político aparecerem nos jardins da casa do deputado, no sofisticado bairro do Jardim América, entre abraços e sorrisos na frente de um batalhão de fotógrafos.

A imagem foi o estopim para quer a deputada Luíza Erundina (PSOL-SP), então candidata a vice de Haddad, desembarcasse da campanha do petista causando uma crise para o PT.

Nesta quarta-feira, 20, durante café da manhã com jornalistas na sede do Instituto Lula, em São Paulo, o ex-presidente falou espontaneamente sobre o assunto.

"Quando o Haddad era candidato eu estava com câncer, estava inchado, e foram me tirar da minha casa para eu tirar uma foto com o Maluf. Eu achava que era necessário sobretudo porque o Haddad ia ter dois minutos a mais na TV e quando a gente não é muito conhecido o tempo na TV ajuda pra caramba. Mas eu nunca me perdoei por aquela foto porque eu achava que não precisava", disse Lula.

O ex-presidente foi condenado a nove anos e meio de cadeia pelo juiz Sérgio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá e caso a condenação se confirme em segunda instância também pode ser obrigado a cumprir pena em regime fechado.

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