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Ligue 180 deve chegar a dez países neste ano

O serviço será ampliado em dez países na América do Sul, América Central e Europa

Mulheres: pelos padrões criados para que o serviço funcione no exterior, o Ligue 180 precisa ser uma fonte de informações sobre tráfico, outros tipos de violência e direitos para mulheres que estão no exterior. (Dreamstime.com)
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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 14h34.

Brasília – A Central de Atendimento à Mulher , usada pelos parentes e as vítimas do tráfico de pessoas e outros tipos de violências contra as mulheres cometidas no exterior, vai ser ampliado para mais dez países na América do Sul, América Central e Europa ainda neste ano. O serviço, conhecido como Ligue 180, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, no Brasil, já funciona em Portugal, Espanha e Itália, desde 2011. O Ligue 180 foi determinante, por exemplo, para o resgate de quase 40 mulheres brasileiras e estrangeiras, no ano passado, que estavam sendo exploradas sexualmente em Ibiza e Salamanca, na Espanha.

A lista dos países onde o serviço será instalado ainda não foi divulgada pelo governo. De acordo com a diretora de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da SPM, Ana Teresa Iamarino, o governo brasileiro tem acompanhado a situação em pelo menos 22 países. Mas por enquanto as negociações só avançaram com autoridades das 10 regiões que serão divulgadas nos próximos dias.

“A realidade da violência é uma preocupação em qualquer parte do mundo”, disse ela, ao explicar que o governo brasileiro segue alguns critérios antes de negociar a instalação da central de atendimento em outros países.

O diagnóstico preliminar feito pelos representantes brasileiros de direitos humanos e direitos femininos considera não só o número de mulheres traficadas, mas os locais onde a comunidade brasileira é mais expressiva, onde existe apoio diplomático mais efetivo, como consulados e embaixadas, e onde há presença de autoridades policiais brasileiras, como adidos da Polícia Federal.

“Depois, ainda levantamos os serviços que já existem no país, porque temos que garantir o mínimo da rede de retaguarda no local, principalmente, para os casos de maior emergência”, disse a diretora do SPM.


Pelos padrões criados para que o serviço funcione no exterior, o Ligue 180 precisa ser uma fonte de informações sobre tráfico, outros tipos de violência e direitos para mulheres que estão no exterior e garantir a orientação adequada para que as vítimas consigam apoio das instituições locais especializadas ou dos consulados, no caso de pessoas que querem voltar para o Brasil, mas não conseguem.

“A gente tem conseguido muitos avanços, mas infelizmente ainda vivenciamos diversas formas de violência contra a mulher. Estamos sempre procurando ampliar nosso atendimento para dar o apoio necessário a essas vítimas e estamos sempre em negociações com outros países”, disse ela.

Ana Teresa descartou a ampliação do serviço para os países da Ásia, África e Oceania neste ano. No caso dos Estados Unidos e Canadá, as negociações estão em andamento e os países têm todas as condições para receber a central de atendimento, mas ainda não há sinalização de uma data para que o serviço funcione na América do Norte.

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A lista dos países onde o serviço será instalado ainda não foi divulgada pelo governo. De acordo com a diretora de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da SPM, Ana Teresa Iamarino, o governo brasileiro tem acompanhado a situação em pelo menos 22 países. Mas por enquanto as negociações só avançaram com autoridades das 10 regiões que serão divulgadas nos próximos dias.

“A realidade da violência é uma preocupação em qualquer parte do mundo”, disse ela, ao explicar que o governo brasileiro segue alguns critérios antes de negociar a instalação da central de atendimento em outros países.

O diagnóstico preliminar feito pelos representantes brasileiros de direitos humanos e direitos femininos considera não só o número de mulheres traficadas, mas os locais onde a comunidade brasileira é mais expressiva, onde existe apoio diplomático mais efetivo, como consulados e embaixadas, e onde há presença de autoridades policiais brasileiras, como adidos da Polícia Federal.

“Depois, ainda levantamos os serviços que já existem no país, porque temos que garantir o mínimo da rede de retaguarda no local, principalmente, para os casos de maior emergência”, disse a diretora do SPM.


Pelos padrões criados para que o serviço funcione no exterior, o Ligue 180 precisa ser uma fonte de informações sobre tráfico, outros tipos de violência e direitos para mulheres que estão no exterior e garantir a orientação adequada para que as vítimas consigam apoio das instituições locais especializadas ou dos consulados, no caso de pessoas que querem voltar para o Brasil, mas não conseguem.

“A gente tem conseguido muitos avanços, mas infelizmente ainda vivenciamos diversas formas de violência contra a mulher. Estamos sempre procurando ampliar nosso atendimento para dar o apoio necessário a essas vítimas e estamos sempre em negociações com outros países”, disse ela.

Ana Teresa descartou a ampliação do serviço para os países da Ásia, África e Oceania neste ano. No caso dos Estados Unidos e Canadá, as negociações estão em andamento e os países têm todas as condições para receber a central de atendimento, mas ainda não há sinalização de uma data para que o serviço funcione na América do Norte.

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