Lewandowski: ministro negou o pedido e afirmou que, assim como ocorre no STF, senadores acompanham as sessões de seus gabinetes e que nem sempre é necessária a presença física (Fellipe Sampaio/SCO/STF)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2016 às 21h07.
Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, indeferiu na noite desta sexta-feira, 26, pedido de aliados da presidente afastada Dilma Rousseff para que ele determinasse a presença de senadores no plenário do Senado para participar da sessão de julgamento final do impeachment da petista.
"Tem uma ausência enorme de senadores. Isso não pode acontecer no tribunal do júri", afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). De acordo com o petista, há senadores que viajaram para seus Estados, embora não tenha revelado nomes. "Sumiram como se tudo tivesse resolvido. (...) Peço que vossa excelência determine a presença dos senadores".
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) fez a mesma questão de ordem e prometeu apresentar um requerimento ao presidente do Supremo, para que ele fizesse uma verificação de quórum. No momento do pedido, senadores favoráveis ao impeachment que estavam de pé se sentaram e levantaram as mãos para mostrar que estavam em plenário.
Lewandowski negou o pedido e afirmou que, assim como ocorre no STF, senadores acompanham as sessões de seus gabinetes e que nem sempre é necessária a presença física.
O presidente da Corte afirmou ainda que, pelo regimento interno do Senado, bastam quatro senadores para que a sessão seja aberta.