Brasil

Lewandowski diz que não será protagonista do processo

Com a aprovação da admissibilidade do impedimento pelo Senado Federal, o presidente do STF assume o comando do processo a partir desta quinta-feira


	Ministro Ricardo Lewandowski: “O presidente não tem nenhum protagonismo. Ele é simplesmente o coordenador do processo"
 (Carlos Humberto/SCO/STF)

Ministro Ricardo Lewandowski: “O presidente não tem nenhum protagonismo. Ele é simplesmente o coordenador do processo" (Carlos Humberto/SCO/STF)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2016 às 17h11.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, afirmou hoje (12) que, como presidente do processo de impeachment, não será o protagonista.

Com a aprovação da admissibilidade do impedimento pelo Senado Federal, o presidente do STF assume o comando do processo a partir desta quinta-feira.

“O presidente não tem nenhum protagonismo. Ele é simplesmente o coordenador do processo, o presidente dos trabalhos. A função dele é garantir que a denúncia possa realmente se explicitar da forma mais clara possível e que a defesa possa exercer o contraditório. Enfim, assegurar que haja esta possibilidade que a Constituição Federal garante”, informou Lewandowski aos jornalistas.

O ministro disse ainda que, nessa segunda fase, atuará como instância recursal.

“O protagonismo maior é da Comissão Especial Processante, que é dirigida pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB). Nessa segunda parte, funciono como instância recursal, para garantir o duplo grau de jurisdição”, acrescentou.

De acordo com o ministro, os atos previstos são os seguintes: "certamente um termo de posse, depois a nomeação do escrivão, que tem de ser um membro da secretaria do Senado, e a citação da presidenta para se defender”.

Sobre a possibilidade de ampliação da denúncia nessa nova fase, Lewandowski afirmou que o que está na denúncia é o que foi aprovado na primeira fase.

"Deverá, penso eu, se repetir na segunda fase, que é a do libelo.”

Lewandowski disse que não acompanhou a sessão do Senado  e que acredita que  a função de presidente do processo de impeachment não comprometerá o trabalho no STF.

“Não vejo essa possibilidade de comprometer os trabalhos. Se houver alguma coincidência de horários,  a ministra Cármen Lúcia assumirá”.

Acompanhe tudo sobre:ImpeachmentPolítica no BrasilSenadoSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Cavaliere, vice eleito do Rio: segurança pública exige coordenação entre União, estado e município

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário