STF julga processo: para a defesa, Antonio Lamas continuará a ser chamado de "mensaleiro" (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2012 às 23h47.
Brasília - A defesa de Antonio Lamas afirmou que o ex-funcionário do PL foi denunciado no processo do mensalão apenas pelo sobrenome. O advogado Délio Lins e Silva afirmou que se o cliente se chamasse "Silva" talvez teria ficado de fora. Ele questionou também por que seu cliente foi denunciado e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou de fora, mas ressaltou que se o Ministério Público tivesse também incluído Lula teria cometido "outra irresponsabilidade". Antonio Lamas teve a absolvição pedida pelo MP nas alegações finais por falta de provas.
O advogado ressaltou que, na época da denúncia, com a acusação de 40 pessoas, levantou-se o objetivo de ligar o esquema à obra "Ali Babá e os 40 Ladrões" e ironizou a inclusão de seu cliente. "Se fosse Silva, talvez não fosse denunciado. Mas Lamas, quer quadro mais midiático para quarenta ladrões?", disse.
Criticou ainda outro aspecto da denúncia. "Formação de quadrilha com menos de quatro e sem habitualidade só em festa de São João". Disse que seu cliente foi demitido e continua desempregado. Reclamou também da forma como o MP agora pediu a absolvição. Para a defesa, Antonio Lamas continuará a ser chamado de "mensaleiro" se a absolvição for por falta de provas e defendeu a declaração de inocência de seu cliente e um pedido de desculpas do MP.