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Kassab quer liberar mais prédios na região da Faria Lima

Prefeito quer colocar no mercado R$ 2 bilhões em títulos que vão permitir a construção de prédios acima da lei de zoneamento

No total, o prefeito quer vender mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo, quase o mesmo número que já foi negociado nos últimos dez anos na região (Lailson Santos/Veja)

No total, o prefeito quer vender mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo, quase o mesmo número que já foi negociado nos últimos dez anos na região (Lailson Santos/Veja)

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Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 09h40.

São Paulo - A 15 meses de encerrar seu segundo mandato, o prefeito Gilberto Kassab quer colocar no mercado R$ 2 bilhões em títulos que vão permitir a construção de prédios acima da lei de zoneamento na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima. Pelo projeto enviado à Câmara Municipal, 452 mil metros quadrados poderão ser adquiridos por incorporadoras que quiserem construir novos empreendimentos em uma das regiões mais cobiçadas hoje pelo mercado imobiliário.

Se aprovada, a proposta do prefeito vai alterar a Operação Urbana Faria Lima, de 1995, e descongelar os "estoques" (áreas disponíveis) para novos condomínios comerciais e residenciais em bairros já saturados, como Pinheiros e Itaim-Bibi, principalmente na Avenida Hélio Pellegrino e no entorno do Largo da Batata. No total, o prefeito quer vender mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs), quase o mesmo número que já foi negociado nos últimos dez anos na região.

No último leilão da operação, em 25 de maio de 2010, cada Cepac foi comercializado por R$ 4 mil, valor considerado até baixo nos dias de hoje, pela demanda do mercado - ou seja, com a venda, a prefeitura lucraria no mínimo R$ 2 bilhões e as construtoras poderiam usá-los para construir prédios mais altos em terrenos menores.

"É que sobraram metros quadrados na região, mas não temos mais Cepacs para vender. O que for arrecadado agora será investido em melhorias dentro do próprio perímetro da operação", argumentou o secretário municipal de Planejamento, Rubens Chammas, que espera fazer o leilão dos novos Cepacs até o fim do ano. "Não estamos criando metros a mais, apenas estamos criando mais Cepacs para vender o que já existe." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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