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Justiça rejeita denúncia contra presidente da OAB por fala sobre Moro

Ministro pediu investigação ao Ministério Público Federal sobre Felipe Santa Cruz, quando este o chamou de "chefe de quadrilha"

Sergio Moro: ministro tinha dito que o presidente da OAB cometera crime ao ter afirmado que ele era "chefe de quadrilha" (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 17h33.

Última atualização em 14 de janeiro de 2020 às 19h42.

Brasília - A Justiça Federal de Brasília rejeitou denúncia do Ministério Público Federal contra o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, por supostos crimes contra a honra que teriam sido cometidos ao falar sobre o ministro da Justiça, Sergio Moro , em entrevista dada por ele.

Moro --que tinha pedido investigação contra Santa Cruz à então chefe do MPF, Raquel Dodge, em agosto-- tinha dito que o presidente da OAB cometera crime ao ter afirmado, em reportagem da Folha de S.Paulo, que o ministro "banca o chefe de quadrilha" quando disse que soube das conversas de autoridades que foram alvo dos hackers, que foram presos em operação da Polícia Federal.

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Segundo a Folha, Moro telefonou para autoridades que teriam sido alvo dos hackers presos e avisou que as mensagens das pessoas seriam destruídas em nome da privacidade.

O anúncio da decisão judicial foi divulgada pelo advogado do presidente da OAB, Antonio Carlos de Almeida Castro, em mensagem distribuída à imprensa.

O advogado disse ter ficado satisfeito com a decisão "técnica e bem fundamentada" do juiz federal Rodrigo Parente Paiva Bentemuller que rejeitou a denúncia por "falta de justa causa".

"A independência de Sua Excelência, o juiz, fortalece as instituições democráticas e o próprio Poder Judiciário, que não pode ser usado para satisfação de interesses pessoais", disse o defensor, para quem a OAB sai fortalecida.

"Ganha com esta decisão, principalmente, a sociedade brasileira. A tentativa de afastar um presidente da OAB via decisão do Judiciário, como pedido pelo procurador da República, não encontra eco nem no regime militar de triste memória", disse.

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