Jungmann busca apoio de Dodge por força-tarefa específica ao RJ
Caberá agora ao governo carioca finalizar uma proposta apontando os locais onde as Forças Armadas farão as patrulhas
Agência Brasil
Publicado em 22 de setembro de 2017 às 14h03.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e a procuradora-geral da República (PRG), Raquel Dodge , se reuniram agora há pouco na sede da PGR em Brasília.
Além de ser uma reunião de apresentação - uma vez que Jungmann não pôde ir à posse da procuradora, por estar em viagem - o encontro de hoje (22) é uma tentativa de Jungmann obter apoio e suporte da procuradora-geral à proposta de criação de uma força-tarefa de atuação específica para a segurança pública no Rio de Janeiro .
Ontem (21), após reunir-se, no Rio de Janeiro, com o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, Jungmann disse que buscará também o apoio da Justiça e da Polícia Federal para essa força-tarefa.
Caberá agora ao governo carioca finalizar uma proposta apontando os locais onde as Forças Armadas farão as patrulhas. Essa proposta será encaminhada para a análise no Ministério da Defesa.
Na quarta-feira (20), em entrevista à Agência Brasil, o governador revelou que entre os pontos que podem ter a presença de militares federais estão as linhas Vermelha e Amarela e as rodovias federais. A intenção é poder deslocar o efetivo da polícia estadual, que ficaria nestes locais, para outras operações reforçando as operações de combate ao crime.
Após o encontro de ontem com Pezão, Jungmann disse que o governo anunciará em outubro um "grande pacto social" que complementará as incursões das forças de segurança no combate ao crime organizado no estado, com ações nos eixos de segurança, defesa e inteligência.
O ministro admitiu que houve desajustes no relacionamento entre os governos federal e estadual na questão da segurança, mas que cabe às autoridades resolverem, porque o Rio de Janeiro, assim o exige. Dados do Instituto de Segurança Pública, entre junho e 26 de julho deste ano, houve 1.041 casos de roubo de carga no Rio, e que, de 29 de julho - quando começaram as operações conjuntas - até 22 de agosto, foram registrados 585 casos.
Nos roubos a pessoas nas ruas, os registros caíram de 9.265 para 6.286 casos e nas tentativas de homicídio de 508 para 393. O período de comparação, no entanto, tem menos dias. Enquanto no primeiro período foram 35 dias com casos registrados, no segundo foram 25 dias.