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Joesley Batista deve ser mais um a ficar em silêncio hoje em CPIs

A exemplo do irmão, Wesley Batista e dos ex-diretores da empresa, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva, executivo anunciou que se manterá em silêncio

Joesley Batista: executivo deve manter silêncio na CPI que apura corrupção envolvendo a J&F (Ueslei Marcelino/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 09h40.

O empresário Joesley Batista , dono do grupo J&F , é aguardado nesta terça-feira (28) para prestar depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS e à CPI do BNDES da Câmara, que terão reuniões conjuntas.

A exemplo do irmão, Wesley Batista e dos ex-diretores da empresa, Ricardo Saud e Francisco de Assis e Silva, que também já compareceram, Joesley já informou oficialmente às comissões, por meio de seus advogados, que deverá ser o quarto a exercer o direito constitucional de permanecer em silêncio.

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"O exercício do direito ao silêncio é a clara posição a ser tomada diante da atual situação jurídica dos acordos de colaboração premiada. A decisão de manter a oitiva do ora requerente poderá acarretar elevados e desnecessários gastos públicos pela quarta vez", argumentaram os sete advogados do executivo por meio de oficio na última quarta-feira (22).

Argumentação

Ainda na tentativa frustrada de cancelar o depoimento de Joeley Bastista, os advogados ressaltaram no documento que "a manifestamente contraproducente condução dos colaboradores de quem se pretende a oitiva tem custado muito caro aos cofres públicos - que não são nada senão o bolso dos cidadãos brasileiros - seja em termos de mobilização de recursos humanos - equipes da Polícia Federal, por exemplo - seja em termos de elevados custos para o transporte dos colaboradores que estão custodiados - o uso de avião da Polícia Federal na transferência (ida e volta) dos custodiados, custos com estadia dos agentes, preparação da estrutura desta Casa Legislativa, etc".

Joesley é acusado de mentir e omitir informações no acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal.

Por causa disso, os benefícios do acordo dele foram suspensos pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.

O empresário tem dito que somente após uma definição sobre a situação jurídica dele, pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo STF, estaria à disposição do Congresso para prestar esclarecimentos.

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