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Jirau vai dispensar cerca de 4 mil trabalhadores, diz sindicato

As demissões também devem modificar o cronograma da obra, como o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, havia dito na última quinta-feira

Terror e paralisação: as obras na usina de Jirau, em Rondônia, foram suspensas. Um grupo de 50 homens encapuzados causou os incêndios que destruíram dezenas de ônibus, carros e os alojamentos dos funcionários (Cristiano Mariz/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 18h34.

Brasília - O consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, informou aos sindicalistas que irá dispensar cerca de quatro mil trabalhadores nos próximos meses, disse à Reuters o coordenador da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira, Cláudio da Silva Gomes.

"A estimativa que a empresa nos passou é que serão demitidos quatro mil. Como eles já tinham adiantado bastante a parte inicial da obra os desligamentos são até naturais", disse o sindicalista.

Essas demissões também devem modificar o cronograma da obra, como o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, havia dito na última quinta-feira. Mas ainda não há uma estimativa concreta para a data de entrega da obra.

Inicialmente, o consórcio trabalhava para adiantar o prazo estipulado pelo governo, de janeiro de 2013, para março de 2012.

Questionado sobre o volume de demissões, Lupi disse que ainda não havia sido informado sobre a estimativa da empresa.

Segundo Gomes, quase todos os trabalhadores que serão dispensados não moram em Rondônia e compõem o grupo de aproximadamente nove mil pessoas que abandonaram os alojamentos depois que o canteiro de obras foi alvo de protestos e parcialmente destruído em março.

"A prioridade é manter o emprego daqueles que moram na região e que as demissões sejam homologadas pelo sindicato", afirmou o sindicalista.

Ele explicou ainda que os desligamentos não ocorrerão imediatamente porque não há estrutura suficiente para a homologação. "Vai ter que ser criado um cronograma para essas demissões", comentou Gomes.


A empreiteira Camargo Corrêa, responsável pela usina, foi procurada pela Reuters, mas disse que não se manifestaria sobre as demissões.

Os trabalhadores da usina de Jirau, que terá capacidade instalada de 3.450 mil megawatts (MW) de energia, se rebelaram em março. No tumulto, 70 por cento dos alojamentos foram destruídos, o que levou a construtora a descolar trabalhadores para suas cidades de origem.

A causa aparente do tumulto foi um desentendimento entre um motorista e um operário. Mas, após tumulto, os trabalhadores de Jirau e da obra vizinha, a usina de Santo Antônio (3.150 MW), apresentaram uma pauta de reivindicações por melhores condições de trabalho.

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Brasília - O consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, informou aos sindicalistas que irá dispensar cerca de quatro mil trabalhadores nos próximos meses, disse à Reuters o coordenador da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Construção e da Madeira, Cláudio da Silva Gomes.

"A estimativa que a empresa nos passou é que serão demitidos quatro mil. Como eles já tinham adiantado bastante a parte inicial da obra os desligamentos são até naturais", disse o sindicalista.

Essas demissões também devem modificar o cronograma da obra, como o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, havia dito na última quinta-feira. Mas ainda não há uma estimativa concreta para a data de entrega da obra.

Inicialmente, o consórcio trabalhava para adiantar o prazo estipulado pelo governo, de janeiro de 2013, para março de 2012.

Questionado sobre o volume de demissões, Lupi disse que ainda não havia sido informado sobre a estimativa da empresa.

Segundo Gomes, quase todos os trabalhadores que serão dispensados não moram em Rondônia e compõem o grupo de aproximadamente nove mil pessoas que abandonaram os alojamentos depois que o canteiro de obras foi alvo de protestos e parcialmente destruído em março.

"A prioridade é manter o emprego daqueles que moram na região e que as demissões sejam homologadas pelo sindicato", afirmou o sindicalista.

Ele explicou ainda que os desligamentos não ocorrerão imediatamente porque não há estrutura suficiente para a homologação. "Vai ter que ser criado um cronograma para essas demissões", comentou Gomes.


A empreiteira Camargo Corrêa, responsável pela usina, foi procurada pela Reuters, mas disse que não se manifestaria sobre as demissões.

Os trabalhadores da usina de Jirau, que terá capacidade instalada de 3.450 mil megawatts (MW) de energia, se rebelaram em março. No tumulto, 70 por cento dos alojamentos foram destruídos, o que levou a construtora a descolar trabalhadores para suas cidades de origem.

A causa aparente do tumulto foi um desentendimento entre um motorista e um operário. Mas, após tumulto, os trabalhadores de Jirau e da obra vizinha, a usina de Santo Antônio (3.150 MW), apresentaram uma pauta de reivindicações por melhores condições de trabalho.

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