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Janot pede serenidade ao "revanchismo" contra Lava Jato

A mensagem foi enviada aos procuradores por meio do sistema de comunicação interna do Ministério Público

Janot: "As ameaças de retaliação e o revanchismo não podem nos desviar do caminho reto que é o cumprimento do dever", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 13h20.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu na noite de ontem (14) aos procuradores da República que mantenham a serenidade e a resiliência ante o "revanchismo" de determinadas estruturas de poder que se insurgem contra o Ministério Público por causa da Operação Lava Jato .

"A hora é grave e decisiva para o nosso futuro", afirmou Janot. "A Lava Jato é fato que se impõe a todos. Prosseguir é, sobretudo, um dever institucional. Exercer o munus [obrigação] de conduzir uma investigação de combate à corrupção de tamanha magnitude requer serenidade, profissionalismo e, acima de tudo, resiliência", disse.

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Janot se dirigiu aos procuradores por meio de uma mensagem enviada pelo sistema de comunicação interno, por ocasião do Dia Nacional do Ministério Público, comemorado ontem (14).

O procurador-geral da República escreveu que o prosseguimento da Lava Jato, classificada por ele como "a maior e mais complexa investigação criminal que se tem conhecimento", faz com que muitas forças se levantem "contra o Ministério Público nesse momento, não por seus eventuais erros, mas pelo acerto de seu trabalho".

"As ameaças de retaliação e o revanchismo não podem nos desviar do caminho reto que é o cumprimento do dever. Somos forjados na luta diária contra injustiças de toda ordem. É preciso coragem para agir, apesar dos desígnios contrários à nossa atuação institucional", acrescentou Janot.

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