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IPCA de 10,67% é símbolo de perda de controle, diz oposição

Os oposicionistas se manifestaram contrários ao aumento da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano pelo Copom

Inflação: Os oposicionistas se manifestaram contrários ao aumento da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano pelo Copom (spijker/Creative Commons)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2016 às 12h37.

Brasília - Lideranças da oposição do PSDB , do DEM e do PPS afirmaram nesta sexta-feira, 8, ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) que o IPCA de 2015, que fechou o ano em 10,67%, segundo divulgou pela manhã o IBGE , é um símbolo da perda de controle pelo governo de instrumentos para debelar a inflação no País.

Eles disseram que o índice, o maior desde 2002, penaliza os mais pobres e que, nem mesmo uma eventual elevação da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para daqui a duas semanas, servirá para conter o surto inflacionário.

Os oposicionistas se manifestaram contrários ao aumento da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano pelo Copom, e disseram ainda que somente com a saída da presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto será possível restaurar a credibilidade da política econômica brasileira.

Para o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), a inflação no País "persistente" - e cuja trajetória não deve se alterar muito este ano - representa a falta de comando do governo com a condução da economia brasileira.

"A política econômica do governo mostrou-se falida", disse ele, ao citar, como dado "letal" a perda de receita de Estados e municípios que tem levado a situações de atraso no pagamento do funcionalismo público.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que o resultado da inflação impõe um medo maior aos brasileiros assalariados por ser mais um fator para fortalecer, em meio ao quadro de recessão na economia, o risco do aumento do desemprego.

"O retorno da inflação para esse patamar é mais um imposto que se cria contra a sociedade", afirmou.

O senador tucano considerou ainda que o País caminha para passar por uma situação de dominância fiscal, na qual a política monetária não surte mais efeito para controlar a inflação. "O aumento da Selic não está mais surtindo o efeito", avaliou.

O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), disse que o resultado do IPCA demonstra que o País não cuidou dos fundamentos macroeconômicos para que houvesse crescimento consistente do País.

E que não há caminhos para o atual governo recuperar a alta geral dos preços. "Com a inflação penalizando os mais pobres, o governo não tem mais qualquer apelo", afirmou Bueno.

Ele considera que um eventual aumento da Selic iria "asfixiar" ainda mais os setores produtivos da sociedade.

Agripino Maia afirmou que o governo está "quase num quadro sem saída", uma vez que, se aumentar os juros, será alvo de críticas do PT e de movimentos sociais aliados.

"É a falência de um modelo", disse, citando ainda o fato de que a saída de Joaquim Levy e a entrada de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda não gerou qualquer mudança.

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Brasília - Lideranças da oposição do PSDB , do DEM e do PPS afirmaram nesta sexta-feira, 8, ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) que o IPCA de 2015, que fechou o ano em 10,67%, segundo divulgou pela manhã o IBGE , é um símbolo da perda de controle pelo governo de instrumentos para debelar a inflação no País.

Eles disseram que o índice, o maior desde 2002, penaliza os mais pobres e que, nem mesmo uma eventual elevação da Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para daqui a duas semanas, servirá para conter o surto inflacionário.

Os oposicionistas se manifestaram contrários ao aumento da taxa básica de juros, atualmente em 14,25% ao ano pelo Copom, e disseram ainda que somente com a saída da presidente Dilma Rousseff do Palácio do Planalto será possível restaurar a credibilidade da política econômica brasileira.

Para o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), a inflação no País "persistente" - e cuja trajetória não deve se alterar muito este ano - representa a falta de comando do governo com a condução da economia brasileira.

"A política econômica do governo mostrou-se falida", disse ele, ao citar, como dado "letal" a perda de receita de Estados e municípios que tem levado a situações de atraso no pagamento do funcionalismo público.

O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que o resultado da inflação impõe um medo maior aos brasileiros assalariados por ser mais um fator para fortalecer, em meio ao quadro de recessão na economia, o risco do aumento do desemprego.

"O retorno da inflação para esse patamar é mais um imposto que se cria contra a sociedade", afirmou.

O senador tucano considerou ainda que o País caminha para passar por uma situação de dominância fiscal, na qual a política monetária não surte mais efeito para controlar a inflação. "O aumento da Selic não está mais surtindo o efeito", avaliou.

O líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), disse que o resultado do IPCA demonstra que o País não cuidou dos fundamentos macroeconômicos para que houvesse crescimento consistente do País.

E que não há caminhos para o atual governo recuperar a alta geral dos preços. "Com a inflação penalizando os mais pobres, o governo não tem mais qualquer apelo", afirmou Bueno.

Ele considera que um eventual aumento da Selic iria "asfixiar" ainda mais os setores produtivos da sociedade.

Agripino Maia afirmou que o governo está "quase num quadro sem saída", uma vez que, se aumentar os juros, será alvo de críticas do PT e de movimentos sociais aliados.

"É a falência de um modelo", disse, citando ainda o fato de que a saída de Joaquim Levy e a entrada de Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda não gerou qualquer mudança.

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