Brasil

Intervenção no DF: Lula diz preferir o diálogo, mas que punições são necessárias

A fala se deu em reunião com parlamentares nesta quarta-feira, 11, de entrega do decreto de intervenção, aprovado pelo Congresso

Lula em reunião ministerial: presidente fala sobre intervenção federal no DF (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

Lula em reunião ministerial: presidente fala sobre intervenção federal no DF (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2023 às 13h23.

Última atualização em 11 de janeiro de 2023 às 14h09.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que, pessoalmente, não gostaria de ter feito uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e que gostaria de ter resolvido a situação na base da conversa. Contudo, ele pontuou que o decreto representa que é preciso punir quem não respeita a ordem democrática. Ao citar que preferia conversar e não optar pela intervenção federal, Lula ressalta, contudo, que os golpistas não estavam dispostos a conversar.

Em tom de agradecimento e repulsa aos atos antidemocráticos, o presidente disse que "não haverá hipótese, qualquer gesto contra democracia vai ser punido dentro do que a lei permite punir". A fala se deu em reunião com parlamentares nesta quarta-feira, 11, de entrega do decreto de intervenção, aprovado pelo Congresso.

Quer receber os fatos mais relevantes do Brasil e do mundo direto no seu e-mail toda manhã? Clique aqui e cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

Em sua análise, o decreto e o gesto de entrega dele em suas mãos "só engrandece o Parlamento brasileiro". Diante do decreto, Lula também ponderou que, mesmo com a medida, "todo mundo terá o direito de se defender, a prova da inocência. Mas todo mundo será punido, e eu quero agradecer a vocês por esse gesto", declarou. "Gesto como esse aumenta a conquista de credibilidade do Legislativo brasileiro aos olhos da sociedade brasileira", agradece.

Torres de transmissão

Lula também afirmou que a derrubada de três torres de transmissão de energia no Paraná e em Rondônia serão investigadas. Segundo o Ministério de Minas e Energia, há indícios de vandalismo e sabotagem na queda, registrada entre a noite de domingo, 8, e a madrugada de segunda-feira, 9. Lula classificou a derrubada como ato de "bandidos".

"No domingo aconteceu, duas torres grandes de Itaipu foram derrubadas, e aquilo foi um ato de vandalismo também, de bandidos, porque os cabos de aço foram cerrados. Significa que, propositalmente, cortaram os cabos das torres. Obviamente que nós vamos investigar, vamos descobrir", afirmou o presidente em discurso após reunião com deputados federais e senadores. O petista recebeu dos parlamentares, de maneira simbólica, decreto aprovado pelo Congresso que determina intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

Como mostrou o Broadcast Político, em documento enviado às empresas dos setores de transmissão, geração e distribuição, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) solicitou que prestem informações pelos próximos 15 dias, indicando "qualquer ato, tentativa ou suspeita de ataques às instalações físicas ou à segurança cibernética dos ativos". Os dados devem ser enviados no início da manhã e no final da tarde e, em casos de ocorrências relevantes efetivas, ou situações críticas, devem ser encaminhadas imediatamente.

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:Governo LulaLuiz Inácio Lula da Silva

Mais de Brasil

Aeroportos, portos, energia e água: Servidores anunciam greve geral; entenda

'Prioridade é acelerar investimentos e universalizar até 2029': Natália Resende analisa nova Sabesp

União Europeia doa 20 milhões de euros ao Fundo Amazônia

Novo lança candidatura de Carol Sponza à prefeitura do RJ com apelo ao voto feminino

Mais na Exame