Imagens darão base a novo inquérito sobre caso Amarildo
Novo vídeo mostra um carro da polícia, que parece transportar um "volume" embolado em uma capa preta, cujo o GPS foi desligado por 58 minutos dentro da Rocinha
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2015 às 15h53.
Rio de Janeiro - As imagens de câmeras da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha (UPP) analisadas por peritos do Ministério Público que mostram homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) transportando o que poderia ser o corpo do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza vão dar origem a um novo inquérito no Ministério Público .
A possível participação do Bope na morte e na ocultação do cadáver do pedreiro será investigada pela 15ª Promotoria de Investigação Penal (PIP).
As alegações finais da promotora Carmem Eliza Bastos no processo contra 25 policiais militares da UPP da Rocinha acusados da morte de Amarildo já foram entregues à Justiça no dia 17 de junho.
Dias antes de concluídas essas alegações, disse a promotora, peritos identificaram em um dos quatro carros do Bope que passaram no dia 14 de julho de 2013 em direção à sede da UPP um "volume" que pode ser um corpo embolado em uma capa preta.
Causa estranheza à promotora o fato de justamente esse carro ter tido o GPS desligado por 58 minutos dentro da Rocinha e de o Bope ter demorado duas horas (de 22h às 0h) para chegar à UPP depois de acionado pelo então comandante da unidade, major Edson Santos, quando as ações do batalhão especial exigem rapidez.
Pelo GPS dos outros veículos, foi possível também identificar que o comboio do Bope parou por dois minutos em um ponto da comunidade que não podia ser filmado por câmeras.
Segundo a promotora, dez policiais do Bope mostrados pelas imagens de câmeras de segurança já foram ouvidos pelo MP no início do inquérito e negaram participação na morte de Amarildo. Disseram também que o Batalhão foi convocado por causa de uma ameaça de ataque de traficantes, versão semelhante à dada pelo então comandante da UPP.
Carmem Eliza Bastos ainda não sabe se a descoberta do MP pode ajudar a encontrar o corpo do pedreiro, ainda desaparecido.
"Vamos começar a investigação nesse sentido. Não podemos dizer que era um corpo (carregado na caçamba do carro do Bope) e que vamos chegar ao corpo", ressaltou.
Rio de Janeiro - As imagens de câmeras da Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha (UPP) analisadas por peritos do Ministério Público que mostram homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) transportando o que poderia ser o corpo do auxiliar de pedreiro Amarildo de Souza vão dar origem a um novo inquérito no Ministério Público .
A possível participação do Bope na morte e na ocultação do cadáver do pedreiro será investigada pela 15ª Promotoria de Investigação Penal (PIP).
As alegações finais da promotora Carmem Eliza Bastos no processo contra 25 policiais militares da UPP da Rocinha acusados da morte de Amarildo já foram entregues à Justiça no dia 17 de junho.
Dias antes de concluídas essas alegações, disse a promotora, peritos identificaram em um dos quatro carros do Bope que passaram no dia 14 de julho de 2013 em direção à sede da UPP um "volume" que pode ser um corpo embolado em uma capa preta.
Causa estranheza à promotora o fato de justamente esse carro ter tido o GPS desligado por 58 minutos dentro da Rocinha e de o Bope ter demorado duas horas (de 22h às 0h) para chegar à UPP depois de acionado pelo então comandante da unidade, major Edson Santos, quando as ações do batalhão especial exigem rapidez.
Pelo GPS dos outros veículos, foi possível também identificar que o comboio do Bope parou por dois minutos em um ponto da comunidade que não podia ser filmado por câmeras.
Segundo a promotora, dez policiais do Bope mostrados pelas imagens de câmeras de segurança já foram ouvidos pelo MP no início do inquérito e negaram participação na morte de Amarildo. Disseram também que o Batalhão foi convocado por causa de uma ameaça de ataque de traficantes, versão semelhante à dada pelo então comandante da UPP.
Carmem Eliza Bastos ainda não sabe se a descoberta do MP pode ajudar a encontrar o corpo do pedreiro, ainda desaparecido.
"Vamos começar a investigação nesse sentido. Não podemos dizer que era um corpo (carregado na caçamba do carro do Bope) e que vamos chegar ao corpo", ressaltou.