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Hospitais privados de SP têm alta de 20% nas internações por covid

A pesquisa, realizada em 101 hospitais privados do estado de São Paulo, soma 4.089 leitos de UTI para covid e 9.593 leitos clínicos para a doença

PEC: piso salarial de enfermeiros passará a ser de R$ 4.750,00 (Fabio Teixeira/Anadolu Agency/Getty Images)

PEC: piso salarial de enfermeiros passará a ser de R$ 4.750,00 (Fabio Teixeira/Anadolu Agency/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de junho de 2021 às 16h16.

Última atualização em 21 de junho de 2021 às 17h11.

Levantamento realizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp) indicou aumento de 20% nas internações para leitos clínicos para covid-19 nas últimas duas semanas. Segundo pesquisa realizada em 18 de junho, oito em cada dez hospitais apontaram ocupação superior a 80%. Já nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), houve queda de 6% nos internados.

Para Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, o aumento das internações clínicas pode indicar que os casos estejam chegando aos hospitais com menor gravidade. "Mas esse recuo de 6% nas internações em UTI não alivia a pressão sobre o sistema de saúde. Continuamos no limite", afirmou o presidente.

A pesquisa realizada em 101 hospitais privados do estado de São Paulo, que somam 4.089 leitos de UTI para covid e 9.593 leitos clínicos para a doença, mostrou ainda uma diminuição na faixa etária dos pacientes internados nos últimos 18 dias. Mais da metade, ou seja, 57% deles, tem entre 40 e 50 anos. Além disso, 32,29% dos pacientes têm entre 40 e 49 anos e apenas 19,77%, 60 anos ou mais.

Segundo o presidente do SindHosp, a redução pode ser associada à imunização contra covid. "A diminuição da faixa etária dos infectados decorre do processo de vacinação, que privilegiou os idosos, provando que as vacinas funcionam e são importantes ferramentas no combate à pandemia", disse.

Sobre a duração do estoque de medicamentos utilizados nos procedimentos de intubação, 47% dos hospitais privados disseram ter capacidade para até um mês. Para 30% deles, o estoque de oxigênio possibilita a assistência, em média, entre dez e 15 dias.

Já o custo do 'kit intubação' continua em alta. De acordo com o levantamento, 65% dos hospitais detectaram aumento de preços dos medicamentos para essa finalidade, sendo que 79% afirmaram que esse reajuste foi superior a 100%.

Cirurgias eletivas

Na opinião de Balestrin, outro grave problema indicado pela pesquisa se refere ao cancelamento de cirurgias eletivas. "Cinquenta e um por cento dos hospitais informaram cancelamento de cirurgias, sendo que destes, 66% contabilizam o cancelamento de até 50% das cirurgias. A consequência será o agravamento e/ou cronificação de doenças nos próximos meses", avaliou.

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