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Haddad defende apuração sobre Máfia do ISS

Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, defendeu a apuração do Ministério Público sobre a Máfia do ISS


	Fernando Haddad: prefeito de São Paulo defendeu a apuração sobre a Máfia do ISS
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Fernando Haddad: prefeito de São Paulo defendeu a apuração sobre a Máfia do ISS (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2015 às 10h57.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse, na manhã desta sexta-feira, que o Ministério Público, aliado à Controladoria-Geral do Município (CGM), "está recolhendo indícios e provas para levar adiante, até as últimas consequências, as investigações" sobre o envolvimento de servidores públicos na Máfia do Imposto sobre Serviços (ISS). Em relação à nova denúncia contra sete pessoas por causa da Máfia, revelada ontem pelo Estado, Haddad afirmou que desconhece o caso. O prefeito ainda elogiou a parceria entre MP e Controladoria, que juntos estariam procurando "provas robustas para eventualmente indiciar as pessoas".

Na nova acusação, o empresário Marco Aurélio Garcia, irmão do secretário estadual da Habitação, Rodrigo Garcia, foi denunciado por lavagem de dinheiro em parceria com o ex-subsecretário da Receita municipal, Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como principal líder do esquema. A peça criminal menciona ainda seis empresas que colaboraram com atos de lavagem. Quatro delas têm participação societária de Marco Aurélio ou de sua mulher.

A nova denúncia é um desdobramento das investigações iniciadas em 2013, que ainda estão em curso, e já resultaram em outras duas acusações. Todas são analisadas pela 21.ª Vara Criminal da Capital. "A Controladoria tem reuniões periódicas com o Ministério Público. Nós fornecemos informações adicionais periodicamente e ele (MP) obtém informações em função da quebra de sigilo", disse o prefeito ontem. Segundo Haddad, a CGM, que é "autônoma e isenta", coloca na internet todos os dados das estatais municipais. "Isso dá a tranquilidade para o gestor público sério de que tem ali um órgão zelado pela lisura administrativa."

Haddad afirmou que não avançou a ideia do promotor de Justiça Roberto Porto, no comando da CGM, de recrutar policiais para atuar como agentes de rua na investigação de casos de corrupção. "Requisitamos, mas não houve cessão."

O órgão deve receber reforço de pessoal. Em 25 de março, a Câmara aprovou a criação de cem vagas para auditores, chamados de "superfiscais". O prefeito afirmou ontem que o concurso está em fase de preparação e os novos gestores vão "melhorar muito a transparência e a qualidade da gestão". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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