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Greve: servidores do MinC paralisam atividades em 12 museus

12 dos 30 museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus ficaram de portas fechadas, como o Museus Nacional de Belas Artes e Museu da República

Ministra da Cultura, Marta Suplicy: Ministério da Cultura informou, em nota, que está ouvindo as reivindicações. “Estudamos com os servidores possibilidades e encaminhamentos”, diz o texto (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 18h27.

Rio de Janeiro - No terceiro dia da greve dos servidores do Ministério da Cultura (MinC) e instituições vinculadas, 12 dos 30 museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) ficaram de portas fechadas, como o Museu Nacional de Belas Artes e Museu da República, no Rio de Janeiro.

Amanhã (15), representantes dos grevistas se reunirão com a secretaria-executiva do MinC e a secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog). Eles devem discutir a equiparação salarial com servidores da Agência Nacional de Cinema(Ancine) e da Fundação Casa Ruy Barbosa.

Além da recomposição dos salários, os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, maior participação nas políticas públicas do ministério, além da unificação da categoria.

De acordo com o presidente da Associação dos Servidores do Ibram (Asbram), André Angulo, o movimento está disposto a discutir o reajuste para o ano que vem, caso isso signifique um impacto fiscal para o Ministério do Planejamento.

“Se não for possível a equiparação de salário para este ano, nós propomos analisar os parâmetros para um reajuste no ano que vem. Mas algo tem que ser feito por nós. Para se ter uma ideia, o servidor entra no MinC ganhando R$ 4.200 e 30 anos depois, quando se aposenta, sai ganhando R$ 5.500. Em 30 anos de trabalho, a pessoa só leva R$ 1.300 a mais no salário”, explicou.

Segundo André Angulo, até segunda-feira (19), outros órgãos ligados ao MinC devem aderir à greve. Só no estado do Rio de Janeiro, oito museus do Ibram paralisaram as atividades em apoio ao movimento. “Estamos em uma crescente. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Brasília (DF) aderiu hoje (14). Até segunda-feira, outras superintendências do Iphan, como em Pernambuco, no Pará e Ceará, também devem aderir à paralisação”, disse.

O Ministério da Cultura informou, em nota, que está ouvindo as reivindicações. “Estudamos com os servidores possibilidades e encaminhamentos”, diz o texto.

Já o Mpog informou, em nota, que continuará discutindo assuntos do interesse dos servidores, exceto “reivindicações que signifiquem impacto orçamentário, as quais estão contempladas no acordo em vigor”.

Segundo o ministério, o acordo assinado com as entidades representativas dos servidores públicos federais em 2012/13 têm validade até 2015, incluindo os servidores do MinC. Já a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) afirma que um acordo assinado especificamente com os servidores da cultura, no ano anterior ao fechamento do que está em vigor, previa negociação das pautas reivindicadas em até 180 dias, o que não aconteceu.

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Rio de Janeiro - No terceiro dia da greve dos servidores do Ministério da Cultura (MinC) e instituições vinculadas, 12 dos 30 museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) ficaram de portas fechadas, como o Museu Nacional de Belas Artes e Museu da República, no Rio de Janeiro.

Amanhã (15), representantes dos grevistas se reunirão com a secretaria-executiva do MinC e a secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog). Eles devem discutir a equiparação salarial com servidores da Agência Nacional de Cinema(Ancine) e da Fundação Casa Ruy Barbosa.

Além da recomposição dos salários, os servidores reivindicam melhores condições de trabalho, maior participação nas políticas públicas do ministério, além da unificação da categoria.

De acordo com o presidente da Associação dos Servidores do Ibram (Asbram), André Angulo, o movimento está disposto a discutir o reajuste para o ano que vem, caso isso signifique um impacto fiscal para o Ministério do Planejamento.

“Se não for possível a equiparação de salário para este ano, nós propomos analisar os parâmetros para um reajuste no ano que vem. Mas algo tem que ser feito por nós. Para se ter uma ideia, o servidor entra no MinC ganhando R$ 4.200 e 30 anos depois, quando se aposenta, sai ganhando R$ 5.500. Em 30 anos de trabalho, a pessoa só leva R$ 1.300 a mais no salário”, explicou.

Segundo André Angulo, até segunda-feira (19), outros órgãos ligados ao MinC devem aderir à greve. Só no estado do Rio de Janeiro, oito museus do Ibram paralisaram as atividades em apoio ao movimento. “Estamos em uma crescente. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Brasília (DF) aderiu hoje (14). Até segunda-feira, outras superintendências do Iphan, como em Pernambuco, no Pará e Ceará, também devem aderir à paralisação”, disse.

O Ministério da Cultura informou, em nota, que está ouvindo as reivindicações. “Estudamos com os servidores possibilidades e encaminhamentos”, diz o texto.

Já o Mpog informou, em nota, que continuará discutindo assuntos do interesse dos servidores, exceto “reivindicações que signifiquem impacto orçamentário, as quais estão contempladas no acordo em vigor”.

Segundo o ministério, o acordo assinado com as entidades representativas dos servidores públicos federais em 2012/13 têm validade até 2015, incluindo os servidores do MinC. Já a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) afirma que um acordo assinado especificamente com os servidores da cultura, no ano anterior ao fechamento do que está em vigor, previa negociação das pautas reivindicadas em até 180 dias, o que não aconteceu.

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