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Greve dos tripulantes chega ao 4º dia com voos atrasados em 6 aeroportos

Os tripulantes cruzam os braços por duas horas diariamente desde segunda-feira, sempre das 6h às 8h, para reivindicar aumento real dos salários e melhores condições de descanso

Aeroportos: O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções (RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/Agência Estado)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de dezembro de 2022 às 09h39.

A greve dos pilotos e comissários chega ao quarto dia com paralisações que impactam voos em seis aeroportos do País na manhã desta quinta-feira, 22.

Os tripulantes cruzam os braços por duas horas diariamente desde segunda-feira, sempre das 6h às 8h, para reivindicar aumento real dos salários e melhores condições de descanso.

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Por volta das 8h, os painéis de voos disponíveis nos sites dos aeroportos mostravam que havia voos atrasados em Brasília (1 voo), Fortaleza (2 voos), Confins (Belo Horizonte; 1 voo), Guarulhos (São Paulo; 1 voo), Viracopos (Campinas-SP; 2 voos) e Porto Alegre (1 voo), além de voos cancelados em Viracopos (1 voo) e Porto Alegre (1 voo).

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O Rio-Galeão, onde também estava prevista paralisação dos tripulantes, não registrava atrasos ou cancelamentos. O painel de voos do site da Infraero, que administra os Aeroportos de Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio, estava fora do ar.

Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), a greve continua enquanto os tripulantes esperam uma proposta das companhias aéreas que atenda suas demandas.

No último fim de semana, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou uma proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da aviação regular, que previa reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) aceitou a proposta, mas o SNA, que pede aumento real de 5%, a rejeitou, optando pela greve.

Os tripulantes apontam que o movimento ocorre "tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas".

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Por determinação do TST, a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas. O sindicato afirma que a determinação está sendo cumprida e o movimento ocorre dentro da legalidade.

Em nota divulgada na última terça-feira, 20, o SNEA afirma que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta dapandemia e que houve aumento dos custos para as companhias - as quais, segundo o sindicato patronal, acumulam prejuízo.

"O SNEA enfatiza que as empresas aéreas têm colaborado com a negociação e buscado soluções para garantir o pleno atendimento de todos os seus clientes, especialmente neste período de alta temporada", conclui a nota.

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