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Greve dos ônibus em SP pode ser adiada? Motoristas e empresas reabrem negociações

Direção do sindicato vai convocar os trabalhadores para uma assembleia geral nesta quinta-feira

São Paulo (SP), 24/03/2023 - Passageiros embarcam em ônibus na Luz no segundo dia de greve dos metroviários em São Paulo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil (Fernando Frazão/Agência Brasil)
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 5 de junho de 2024 às 19h26.

Última atualização em 5 de junho de 2024 às 19h41.

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTrusp)anunciou que vai reabrir as negociações com representantes do setor, para decidir sobre a paralisação programada para esta sexta-feira.

Em uma audiência de conciliação realizada na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, as partes concordaram em retomar as negociações das cláusulas econômicas pendentes da campanha salarial 2024.

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O processo de negociações ocorrerá por meio da formação de uma Mesa Técnica, coordenada pelo TCM, com a participação de técnicos do sindicato, setor patronal, São Paulo Transportes (SPTrans), Câmara Municipal, e possivelmente convidados representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do próprio Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP).

A direção do sindicato, liderada pelo presidente Edivaldo Santiago, vai convocar os trabalhadores do sistema de transporte por ônibus da capital (motoristas, cobradores e setor de manutenção) para umaassembleia geral nesta quinta-feira, 6. Eles devem deliber a aprovação ou não da proposta e a suspensão da greve até 30 de junho. O resultado da assembleia será encaminhado ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP) no mesmo dia.

Se a suspensão da greve for aprovada na assembleia, o sindicato permanecerá em estado de greve durante as negociações, com ações de mobilização junto à categoria, de acordo com a decisão que for tomada na audiência. Se a proposta for rejeitada na assembleia, o desembargador decidirá sobre o pedido de tutela antecipada para o movimento de greve na cidade a partir de 7 de junho.

Reivindicações

A direção do sindicato está reivindicando um reajuste de 3,69% com base no IPCA-IBGE, além de um aumento real de 5% e a reposição das perdas salariais ocorridas durante a pandemia, calculadas em 2,46% pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O sindicato também pede a ampliação na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), um reajuste do valor do tíquete para R$ 38, uma cesta básica com produtos de qualidade e o fim do termo "similar".

Também são pedidos: um reajuste de 17% no seguro de vida, garantindo cobertura de dez salários mínimos conforme a Lei nº 12.619 (lei do motorista), melhorias nos convênios médico e odontológico, uma jornada de trabalho de 7 horas efetivamente trabalhadas (6h30 mais 30 minutos para descanso e refeição) ou 6 horas trabalhadas com 1 hora remunerada, auxílio funeral com revisão dos valores, e um cartão para uso em casos de necessidade.

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