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Governo poupa Saúde e Educação em bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento

Ministérios das Cidades e dos Transportes foram os mais atingidos pelo bloqueio

Ministério da Saúde: pasta foi uma das menos afetadas por bloqueio no Orçamento (Marcello Casal/Agência Brasil)

Ministério da Saúde: pasta foi uma das menos afetadas por bloqueio no Orçamento (Marcello Casal/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de março de 2024 às 15h14.

O governo federal poupou as áreas da Saúde e da Educação no bloqueio de R$ 2,9 bilhões em despesas discricionárias para cumprir o limite de gastos previsto no arcabouço fiscal, conforme antecipou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O detalhamento do bloqueio foi divulgado nesta quinta-feira, 28, por meio de um decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU).

De acordo com o Ministério do Planejamento, o bloqueio foi realizado em despesas discricionárias gerais e gastos destinados ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Outras pastas com menos recursos, como Ministérios das Mulheres, Igualdade Racial, Povos Indígenas e Direitos Humanos e Cidadania também foram poupadas de corte em despesas.

O bloqueio de R$ 2,9 bilhões foi anunciado no último dia 22, durante a divulgação do primeiro Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas do ano. O governo informou que o montante total de despesas discricionárias que pode ser bloqueado para cumprir o limite de despesas do novo arcabouço fiscal é de R$ 77 bilhões. No total, as despesas discricionárias previstas no Orçamento de 2024 somam R$ 204,4 bilhões.

O Poder Executivo não precisou, no entanto, anunciar contingenciamento para cumprir o resultado primário, que continua dentro da margem de tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB (para mais ou para menos) do arcabouço - o que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões. No relatório, houve uma revisão na estimativa do resultado para 2024, de superávit de R$ 9,1 bilhões para déficit de R$ 9,3 bilhões.

Ministérios das Cidades e dos Transportes foram os mais atingidos pelo bloqueio

Por sua vez, os Ministérios das Cidades e dos Transportes foram os mais atingidos pelo bloqueio. Veja abaixo os valores bloqueados pelo governo por Ministério:

- Ministério das Cidades: R$ 741,47 milhões;

- Ministério dos Transportes: R$ 678,97 milhões;

- Ministério da Defesa: R$ 446,48 milhões;

- Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social: R$ 281,68 milhões;

- Ministério da Integração: R$ 179,79 milhões;

- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação: R$ 118,79 milhões;

- Ministério da Agricultura: R$ 105,49 milhões;

- Ministério da Fazenda: R$ 94,39 milhões;

- Ministério das Relações Exteriores: R$ 69,29 milhões;

- Ministério da Justiça e Segurança Pública: R$ 65,59 milhões;

- Ministério dos Portos e Aeroportos: R$ 52,29 milhões;

- Ministério do Planejamento e Orçamento: R$ 37,09 milhões;

- Ministério da Gestão e Inovação: R$ 36,29 milhões.

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